Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Anseios da Educação e o novo governo

Anseios da Educação e o novo governo

25/08/2016 Cesar Silva

Iniciado o governo interino, o segmento de Educação permanece com suas angústias.

O MEC traz nomes de muita credibilidade, como as professoras Maria Helena Guimarães de Castro, Secretaria Executiva do MEC, e Maria Inês Fini, Presidente do INEP, que possuem longa história na implantação de projetos educacionais, como o próprio ENEM.

Há, porém, grande contradição quanto aos novos projetos. Embora em dívida com diversas instituições privadas que ofertaram cursos por meio do Pronatec, o MEC divulgou a liberação de R$ 78 milhões para novas vagas pelo programa.

Entre os contemplados com os recursos, há 470 instituições privadas. Mas como convencê-las a aderir a mais uma rodada de bolsas se elas e seus pares ainda não foram pagos pelos serviços prestados ao governo? Além de credibilidade, a nova equipe deve buscar as metas do Plano Nacional de Educação (PNE) que, dois anos após sua sanção, ainda sofre com a falta de propostas que garantam seu cumprimento, embora possua importante papel como impulsionador do desenvolvimento econômico.

O Censo da Educação de 2015 mostra que o ensino médio no país cresceu rapidamente até 2004, quando então quase estacionou. Em 1992, somente 18,3% dos jovens de 15 a 17 anos estavam no ensino médio; em 12 anos, esse percentual passou para 45,7%, e chegou a 56,5% em 2014, quando 65% dos jovens com 25 anos haviam concluído o ensino médio.

Naquele ano, das 10,6 milhões de matrículas no ensino médio, 7,6 milhões eram de cursos regulares (propedêuticos), 1,3 milhões em cursos de educação de jovens e adultos (EJA) e 1,7 milhões em cursos técnicos. Destes, 790 mil já haviam completado o ensino médio regular, e outros 511 mil que faziam os dois cursos simultaneamente.

A educação brasileira se expande, mas de forma perversa. Apesar de a grande maioria nunca chegar ao ensino superior, a qualificação profissional só pode ser feita como formação adicional por aqueles que concluíram o ensino médio tradicional.

A falta de alternativas exclui os que não têm condições, como se vê pelo grande número dos que não completam a educação média ou não atingem as notas mínimas no ENEM para ingresso na educação. Se causa entusiasmo saber que mais de 9 milhões de brasileiros se inscrevem no ENEM, dá arrepios verificar que apenas metade obtém nota superior a 450 pontos e que sequer 2 milhões de estudantes se matriculam no ensino superior.

Ainda que sem indicadores sobre os rumos pretendidos pela nova equipe do MEC, a ampliação do acesso à educação profissional tem de ser prioridade. Seria a forma de ampliar a empregabilidade dos jovens e abrir oportunidades de negócios.

* Cesar Silva é presidente da Fundação FAT, entidade sem fins lucrativos que desenvolve cursos e treinamentos nas áreas de educação e tecnologia.



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves