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Candidatos não debatem o turismo como indutor do crescimento

Candidatos não debatem o turismo como indutor do crescimento

21/10/2014 Henrique Mol

Na pauta de questões amplamente discutidas pelos presidenciáveis, uma me chamou especialmente a atenção pela marginalização de sua abordagem: o turismo como indutor de crescimento.

No máximo, o único discurso com algum viés da área foi o de que “brasileiros tem viajado mais de avião”. Perderam com isto uma grande sacada: para além das abordagens técnicas e de abrangência econômica, que por vezes incorrem em reducionismos, o turismo remete a numerosas e complexas variáveis, além da relação entre elas.

Ele é um dos setores da economia mais promissores, tanto pela extensão de sua cadeia produtiva, quanto pelo efeito multiplicador que desencadeia, configurando, assim, importantes oportunidades de mercado, e alternativa de desenvolvimento econômico. Os dados revelam uma pompa mundial: O Brasil é o sexto no mundo em economia do turismo (segundo ranking da WTTC que leva em conta muitas variáveis, como geração de empregos, divisas geradas por turistas internacionais e investimentos públicos e privados).

Ele é também o quinto maior gerador de empregos diretos e totais, por meio do turismo, no mundo. E tem crescido a passos mais largos do que a economia brasileira como um todo. O país do Futebol pode muito bem ser classificado como o País do Turismo! Como parte dessa cadeia de crescimento a Encontre Sua Viagem não quer vivenciar essa dinâmica do turismo como expectador e, de fato, já assumiu papel de protagonista nesse cenário. Ela é uma das franquias que mais cresce no Brasil, tendo cerca de 450 franqueados em todo o país.

Esse sucesso atrelado a parcerias de renome mundial, são 150 mil opções de hotéis e cerca de 95% de todas as companhias aéreas do mundo. Mas ainda há dimensões do turismo que escapam à iniciativa privada e que podem alavancar, ainda mais, o crescimento do setor e, por conseguinte, de todas as atividades interligadas a ele. Entre os mais patentes aquele que leva a cor da nossa bandeira e que deve também ser alçada pelo nosso Estado: os custos ambientais do desenvolvimento.

Pode-se elencar como aspectos ambientais, na gama de serviços do turismo, a geração de resíduos sólidos, lançamento de efluentes líquidos e desperdício de recursos hídricos. Esses impactos poderão ser dimensionados à medida que a gestão ambiental for incorporada ao setor. Há de se considerar indicadores ambientais e fixar, sob um processo de planejamento integrado, a capacidade de carga turística ou suporte de visitação. A educação ambiental também é uma das principais ferramentas do turismo sustentável, e pode ser promovida por modelos alternativos de turismo que preconizem pela apreciação e preservação.

Além disso, políticas de turismo que abranjam sua componente social podem incentivar as artes, manifestações sociais, artesanais e folclóricas de uma população. Essa pode ser uma via de incentivo, a fim de direcionar fluxos turísticos a pólos menores e, dessa forma, ampliar a possibilidade de coesão social, com vistas ao desenvolvimento.

É preciso aproveitar que o Brasil está na mira das mídias internacionais, principalmente após a Copa, e que estamos em época de reflexão política, para focalizar o turismo sob outras perspectivas, cujo aporte é multidisciplinar. O turismo precisa ser visto não só pelo viés do turista, mas do espaço e população que o recebem, primando-se pela conservação ambiental e valorização das manifestações sociais locais.

*Henrique Mol é especialista em turismo e sócio-fundador da Encontre Sua Viagem, franquia de turismo.



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