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Captação de recursos e endividamento

Captação de recursos e endividamento

07/02/2010 Marcelo Gonçalves

“Um homem deveria, sempre, comer e beber menos do que seus meios lhe permitem; vestir-se conforme seus meios; e honrar sua esposa e seus filhos mais do que pode.”

O antigo provérbio, simples na forma e profundo em sabedoria, é pouco colocado em prática, seja pelas pessoas ou pelas empresas. Consumir demais, ostentar demais, e deixar de lado as coisas que possuem real importância, são erros que cometemos com frequência, inclusive no mundo dos negócios.

Consumir demais, ostentar demais, e deixar de lado as coisas que possuem real importância, são erros que cometemos com frequência, inclusive no mundo dos negócios.

Não se deve, porém, confundir endividamento com busca de crédito ou com os financiamentos imprescindíveis à aquisição de bens de produção, melhorias de métodos e processos, expansão dos negócios etc. Pois, da mais modesta empresa familiar à grande corporação multinacional, todas as organizações precisam recorrer a essas ferramentas para poderem superar limites. O que importa é a qualidade desse endividamento, em primeiro lugar; e, em segundo, a capacidade da empresa saldar seus compromissos. 

Há gestores que se orgulham em utilizar apenas capital próprio. De fato, ao não se envolverem com empréstimos de bancos ou outras fontes, eles ficam com um balanço de contas saudável. Além disso, é inegável que o endividamento aumenta o risco do negócio.

Por outro lado, não se pode crescer sem investir. O segredo da boa gestão não reside em manter o saldo sempre positivo, mas em utilizar as linhas de crédito disponíveis com discernimento e sabedoria – ou, como no ditado mencionado acima, “dentro das suas possibilidades”.

Se a finalidade para a qual o investimento foi buscado responder às ambições do empreendedor, e ainda por cima gerar um lucro que suplante os juros do financiamento que tornou possível sua realização, então terá sido uma escolha sábia, competente.

Se, no entanto, a empresa tiver que recorrer frequentemente a empréstimos bancários para quitar seus custos de manutenção – por exemplo, o pagamento dos salários dos seus colaboradores, o aluguel da sede etc. –, haverá um claro problema de gestão.

O ingresso no mercado de capitais é uma excelente alternativa para as empresas que precisam se capitalizar. Pela Bovespa Mais, por exemplo, elas podem começar a negociar papeis seguindo regras mais flexíveis do que aquelas vigentes no mercado principal de ações. Assim, além de obterem o capital necessário à concretização de seus projetos, elas ganham visibilidade perante os investidores, o que pode ser de extrema utilidade no momento em que decidirem fazer sua oferta pública de ações (IPO).

Deve-se estar atento para o fato de que a saúde financeira da empresa tende a estar vinculada a outros aspectos da boa gestão. Em outras palavras, somente com um bom acompanhamento na área contábil, gestão transparente, disposição para realizar a constante revisão de processos e maturidade para alterar métodos e procedimentos que não estão dando certo, uma empresa pode alcançar o sucesso.

* Marcelo Gonçalves é sócio-diretor da BDO, uma das cinco maiores empresas do Brasil e do mundo em auditoria, tax e advisory.

Fonte: Ricardo Viveiros Oficina de Comunicação



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