Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Celibato, resposta generosa a um dom de Deus

Celibato, resposta generosa a um dom de Deus

20/08/2021 Maria Cristina de Souza

“O Celibato é um dom. A iniciativa é de Deus que cria a pessoa para este estado de vida.”

Com esta afirmação do fundador da Comunidade Canção Nova, Mons. Jonas Abib, gostaria de partilhar com você um pouco desse estado de vida.

A pessoa que é chamada a ser celibatária na comunidade Canção Nova inicia seu percurso com o discernimento e amadurecimento na vocação.

Os membros seguem fazendo o que chamamos de “caminho”, após o qual, mediante uma livre escolha, assumem o primeiro compromisso ao celibato por causa do Reino dos Céus.

Mas, em um mundo marcado por realidades terrenas, podemos nos perguntar: ainda existem pessoas que se consagram ao celibato?

E a resposta é simples: enquanto houver amor, existirão almas que se consagram ao “Deus Amor” por causa do Reino dos Céus.

E foi por causa desse Amor que há 19 anos me consagrei a Deus no Celibato na Canção Nova, com o desejo de me unir a Cristo, de viver entregue à missão. O Senhor me escolheu para ser inteiramente dele.

Nasci em uma família numerosa e minha mãe sempre rezava pedindo a Deus que, se fosse da sua vontade, um dos filhos fosse consagrado, mas não imaginava que Deus me chamaria.

Foi neste berço que descobri minha vocação, tendo como lema: “Que poderei retribuir ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em meu favor?” (Sl 116,12). 

De fato, o celibato é um dom, uma graça. Quando me deparei com esta palavra do salmo, percebi o quanto sou pequena diante da grandeza de Deus. Posso fazer da minha vida celibatária uma liturgia, um ato de contínuo louvor e ação de graças a Deus.

O celibato é uma vocação profética que aponta o céu, e quanto mais nos entregamos, buscando imitar o Cristo que conhece o nosso coração, mais nós nos configuramos a Ele.

Acredito que o celibato é uma resposta aos planos de Deus nos tempos de hoje, pois na história da Igreja, Deus sempre suscita novos carismas justamente para atender a uma necessidade desse tempo.

As pessoas que se consagram a Deus, devem viver em contínua vigilância e espera do “Senhor que Vem” através do seu testemunho de vida, como uma vocação escatológica.

Essa vocação comporta uma vida de intimidade com Deus e tem como fruto o transbordamento de uma vida entregue na missão.

Talvez você esteja se perguntando: Mas como é a vida de um celibatário, são só flores? Usando uma linguagem poética, posso dizer que temos flores sim, mas essas portam em si também os espinhos, assim como o sofrimento é inerente ao homem.

O celibatário, diante de Deus e de sua comunidade, faz seu compromisso para viver uma vida casta, pobre e obediente, tem os olhos voltados para a cruz de Cristo.

É gente de carne, vive as alegrias, tristezas, frustrações e os desafios que a vida lhe oferece. O diferencial está na opção desse estado de vida, vivendo uma vida sóbria, de sublimação, de entrega a Deus.

Gosto da vida dos santos e santas da nossa Igreja, porque viveram nesta terra fazendo o bem. E muitos deles eram celibatários.

Como Madre Tereza de Calcutá, que viveu sendo o rosto da caridade de Cristo, uma mulher de força e garra, orante e ousada na sua missão.

A missão de cada celibatário é saciar a sede que Deus tem da nossa alma, e, como consequência dessa experiência, somos chamados a ser vasos comunicantes da Verdade que é Jesus.

Só assim contemplaremos a beleza que vem de Deus, a caridade, que é o dom maior. Porque Deus é amor.

* Maria Cristina de Souza é Missionária Celibatária da Canção Nova - Equipe de Formação na Frente de Missão em Lavrinhas (SP).

Para mais informações sobre celibato clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Fonte: Assessoria de Imprensa Canção Nova



O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A poderosa natureza

O dinheiro é um vírus que corrompe tudo e quando a pessoa se “infecta”, dificilmente se livra.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


A maior eleição do mundo e o nacionalismo hindu

O ano de 2024 está sendo considerado o superano das eleições pelo mundo. Ao todo, mais de 50 países terão pleitos variados, dentre os quais o Brasil e os Estados Unidos.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray