Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Ciberataques: um cenário para o qual devemos olhar

Ciberataques: um cenário para o qual devemos olhar

17/01/2018 André Scatolini

O mundo está consumindo cada vez mais Internet.

Vivemos em uma explosão de ambientes conectados, dependendo do digital para realizar quase todas as tarefas rotineiras. As pessoas compram, vendem, armazenam, investem e até se relacionam por meio do espaço virtual.

Tanta conectividade certamente facilita o dia a dia, mas também oferece riscos aos usuários. É por isso que a cibersegurança se tornou um item vital para a transformação digital. Os riscos de ataque cibernético e de perda de dados aumentam a cada dia.

No entanto, as pessoas ainda não se deram conta de que os cuidados no mundo digital são tão importantes quanto no mundo real. Vários estudos apontam que o indivíduo é a parte mais frágil do elo dessa cadeia, tornando-se alvo fácil de hackers que espionam sistemas e dados de organizações.

Com as contínuas ameaças cibernéticas, as empresas deveriam colocar como prioridade as estratégias de prevenção de ataques digitais e de planejamento de contingência para violações desse tipo. Um estudo realizado com 160 membros do conselho de administração de empresas públicas dos EUA, conduzido pela auditoria e consultoria BDO Brazil mostra que aproximadamente 80% das corporações ampliaram em 22% o orçamento destinado a ações envolvendo segurança cibernética, mas o tema merece uma atenção ainda maior.

Por aqui no País, segundo o Instituto Ponemon o índice de empresas invadidas aumentou de 1.980 para 97.300 em 2017. Esses dados comprovam que o Brasil segue o movimento mundial, estando cada vez mais vulnerável.

Outro estudo realizado este ano pelo ISC² alerta que o mercado terá escassez de profissionais capacitados em segurança da informação, com um déficit de 185 mil especialistas até 2020, indicando que as empresas precisam capacitar seus times internos e firmar, o quanto antes, parcerias com fornecedores de TI especializados, pois a demanda será muito maior que a oferta.

A expansão da Internet ocorre muito mais rapidamente do que a especialização em cibersegurança. A falta de investimento em cursos de formação é um dos propulsores para o enfraquecimento da cadeia nesse setor. Por uma questão cultural, o número de cursos voltados para segurança digital é ainda relativamente baixo se comparado aos cursos de tecnologia da informação no geral.

Estimo que o Ransomware é – e deve continuar sendo – a primeira ameaça que vem à mente dos líderes de TI e Segurança. Antes, os hackers tinham uma pessoa ou um servidor como alvo específico, mas agora eles miram as organizações como um todo, invadindo os sistemas a partir de simples e-mails enviados como SPAM. Poucas empresas orientam seus funcionários sobre isso, quando deveriam bloquear acesso a sites e a extensões como .exe que podem coloca-las em risco.

Com táticas cada vez mais sofisticadas, combinadas à falta de profissionais na área, as empresas terão novos dilemas pela frente pois dispositivos móveis e sistemas via Internet das Coisas (IoT) aumentam em uma enorme velocidade. Com isso, a proteção que antes era direcionada apenas aos servidores precisa ser estendida para toda a empresa, dificultando o monitoramento e consumindo tempo e atenção para detectar potenciais vulnerabilidades.

É fato que as organizações estão fazendo mais investimentos em ferramentas de segurança para combaterem as ameaças crescentes, mas um software não resolve a questão por si só. As companhias precisam criar planos estratégicos e contratar de consultorias e profissionais especializados para, de fato, protegerem suas estruturas que são dinâmicas como os negócios.

As empresas mais bem-sucedidas do mercado serão as que tratarem o tema cibersegurança como prioridade, pois é inimaginável uma companhia que não seja digital. A proteção e a adoção de ações preventivas são fundamentais, começando com a atualização constantemente dos sistemas de segurança e dos backups. Além disso, é fundamental investir em uma boa consultoria de segurança da informação para não só consertar os problemas, mas evitar ataques.

* André Scatolini é Vice-Presidente de Infra Technologies & Solutions da Resource.



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves