Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Compensa ser formiguinha?

Compensa ser formiguinha?

18/08/2020 Humberto Pinho da Silva

Certa ocasião, Nicolau Tolentino de Almeida, escreveu carta, dirigida ao Oficial da Secretaria do Reino, Lourenço José da Mota Manso, dizendo:

“Se tu não sabes o que é não ter dinheiro, eu to explico: abaixo dos estupores, é o maior mal do mundo…” Para evitarem o “mal”, é que muitos passam a vida amealhando tudo que aforram.

Uns, começa, de novos, a formar o pecúlio, receando chegarem à velhice, e não terem bastante para sobreviverem com dignidade.

Outros, desbaratam tudo, levando vida de cigarra, confiados na Providência divina e na providência do Estado.

Os que imitam a formiguinha, passam duros trabalhos e privações constantes. Os que imitam a cigarra levam vida folgada a cantar, a passear e a banquetear em bons e alegres repastos.

Vem depois a calamidade, as crises económicas, as cigarrinhas, ao verem as formiguinhas, com dispensa cheia, e boa casa, descem à rua indignadas e a brados reclamam: igualdade! …

- “Não é certo, nem justo, que uns tenham tudo, e outros nada ou quase-nada! …” dizem, revoltados.

E invejosos de não possuírem pé-de-meia, buscam assaltar a dispensa da formiguinha… trabalhadora.

Afirmam, filosoficamente: “Quando o Sol nasce, é para todos! … Vamos distribuir o ‘mealheiro’, para que todos possuam seu quinhão…”

Conheci pobre homem, empregado de armazém, que desde muito novo amealhou. Casou com caixeirinha de loja de miudezas, que ambicionava ser senhora.

Assentaram engordar o “porco”, para adquirirem casa. Animados pelo sonho de serem independentes, mal comiam.

Diariamente a janta, era apenas sopa. Só ao domingo saboreavam carne ou peixe, com batatinhas ou arroz malandrinho.

Arrecadada a quantia desejada, compraram terreno e levantaram linda moradia. Os companheiros de trabalho, nesse entanto: viajavam, comiam e bebiam à tripa forra.

Refastelavam-se no Inverno, bem aquecidos; e no Verão, nas areias morenas do Algarve e Benidorm. Vendo a moradia do colega forreta, rosnavam à socapa: - “Onde foi o pascácio roubar esse dinheiro?! …”

Vou, agora contar dois casos verídicos, de famosos milionários, para “adivinharem” como se faz fortuna, honestamente.

Porque há, também, quem chegue a remediado, roubando parentes (até irmãos!), trabalhadores e a sociedade, em geral; estou certo, se eles têm consciência, está repleta de tenebrosos remorsos… agora, e principalmente, na hora da morte …

Citarei, o multimilionário Calouste Gulbenkian, que depois dos trabalhadores se ausentarem, ia sorrateiramente pelos escritórios, recolher pontas de lápis que lançavam ao lixo, para usa-los no seu gabinete, no aproveita-lápis…

E o dono do império IKEIA, que ao fazer compras no supermercado, procurava produtos no fim e validade, com preços especiais, para economizar…

Quando surgem graves crises, que afectam, em regra, os pobres, aprecem, entre eles, numerosos, que usufruíam bons vencimentos, passavam férias em Saint-Tropez e vestiam-se com boa fazenda inglesa; mas nunca pensaram criar pé-de-meia.…

Para quê? Perguntam. O Estado Providente, e as formiguinhas prudentes, arrecadam sempre o bastante para repartirem, por todos…; a bem ou a mal…

* Humberto Pinho da Silva

Fonte: Humberto Pinho da Silva



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves