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Contraponto a manifestação do Jornalista Lucas Lanna

Contraponto a manifestação do Jornalista Lucas Lanna

26/05/2020 Bady Curi Neto

Inicialmente gostaria de parabenizar o jovem e competente jornalista Lucas Lanna Resende, agradecendo a forma respeitosa que diverge da matéria por mim assinada e intitulada “O Brasil deve um almoço a Roberto Jefferson”.

Digo isto porque nos dias atuais, infelizmente, os debates deixaram de ser no campo das ideias passando para as ofensas pessoais, que não coaduna com a evolução cultural de uma sociedade.

Toda unanimidade é burra, parafraseando o maior dramaturgo brasileiro, Nelson Rodrigues. A democracia se faz presente com respeito as opiniões divergentes.

Partindo desta premissa, de forma respeitosa ao abalizado jornalista, faço um contraponto a suas discordâncias, parágrafo a parágrafo, sem pretender um enfrentamento pessoal, mas sempre no campo da reflexão, salutar para, como dito, a democracia.

Em sua discordância diz o jornalista que Roberto Jefferson se fez politicamente em programa de televisão de apelo sensacionalista, O Povo na TV.

Pessoalmente não vejo problema de o presidente do PTB ter sido conhecido por um programa televisivo, mesmo que sensacionalista. O ex-deputado vem de família política, tendo ganhado notoriedade pública no referido programa.

Ronald Reagan, o 40º Presidente do EUA, antes de se tornar político, ganhou notoriedade nas telas de cinema como artista. Arnold Schwarzenegger, 38º Governo do Estado da Califórnia nos EUA, de igual forma, ganhou notoriedade nas telas do cinema. Poder-se-ia citar vários outros políticos que se fizeram conhecidos dos eleitores por programas de rádio, televisão, movimentos estudantis etc., o que em nada macula a forma que se tornam conhecidos de seus eleitores.

Jefferson fez parte da tropa de choque do ex-Presidente Collor de Melo.

Na realidade o ex-deputado, além de político é formado em direito, tendo atuado na esfera penal, e ajudou a elaborar a defesa do ex-presidente, tendo sido vitorioso em todos os processos criminais perante ao STF, que absolveu Collor de todas as acusações.

Vale esclarecer que os crimes apontados para o Impeachment foram crimes comuns de corrupção, peculato e falsidade ideológica e como dito houve absolvição de todos. 

Já, quanto a alegação do Mensalão temos de tecer maiores considerações;

Primeiro - Roberto Jefferson foi cassado pela Câmara dos Deputados Federais por ter mentido em seu depoimento sobre a existência do mensalão, fato que foi mais que comprovado posteriormente.

Segundo - A condenação penal de Roberto Jefferson se deu por sua confissão de ter recebido R$ 4 milhões do Partido dos Trabalhadores como caixa dois de Campanha Eleitoral. É de se observar que todos os envolvidos negaram o pagamento. Mas ele confessou, firmando a destinação que era caixa 2 de campanha, repita-se. O STF na época deu uma guinada no entendimento dizendo que aquilo era crime de corrupção passiva, sem observância da teoria do domínio do fato, até então solidificada naquele sodalício. Além do mais, condenaram-no por lavagem de dinheiro. Ora, a lavagem de dinheiro exige que o sujeito saiba da origem ilícita, sem o que não se configura o crime, nova mudança de entendimento, no sentido de que o indivíduo deveria saber. Mas deixemos isto pro lado, ele cumpriu sua pena e ajudou o Brasil por duas vezes. 

Quanto a fala de demitir e substituir os ministros do STF, só pode ser visto como devaneio, pois nossa Constituição não permite tal despautério.

O fato de entender que o “Brasil deve um almoço para Roberto Jefferson” por ter ajudado a acabar com o plano de Poder de um grupo de Petistas, via denuncia do Mensalão, e agora a denúncia da estratégia espúria do impeachment de Bolsonaro, não quer dizer que concorde com todas as posições e falas de Roberto Jefferson, mas apenas e tão somente apenas, que reconheço o bem que ele prestou a nação por duas vezes.

Era o contraponto que tinha a fazer, renovando minhas homenagens ao Jovem Jornalista, exemplo a ser seguido pela polidez de sua divergência.    Assim se faz uma imprensa livre, assim se solidifica nossa Democracia.



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