Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Cuidar da educação é investir em segurança

Cuidar da educação é investir em segurança

22/04/2018 Marco Antônio Barbosa

Como resolver a situação da segurança no Brasil?

Com a criminalidade em crescimento, uma das perguntas mais feitas nos últimos meses e que irá ser tema de grandes debates durante as eleições que se aproximam a passos largos é: como resolver a situação da segurança no Brasil? Apesar de curta, está é uma questão complexa.

Não existe só um caminho ou proposta, mas todos eles partem do mês ponto inicial: investir em educação para as nossas crianças. Exatamente o que menos fazemos. Historicamente, a criminalidade nasce da marginalização.

No momento em que o Estado para de prover recursos básicos, principalmente ensino de qualidade, a população mais carente não consegue encontrar oportunidades. Este vazio é ocupado pelo crime que surge como `única chance de vida`.

Mudar este círculo vicioso com quem já tem `sangue nas mãos` é muito difícil, mas evitar que outros sigam este caminho pode e deve ser a solução. Mas o que estamos fazendo para dar oportunidades aos nossos jovens carentes? Quase Nada. Segundo o Ministério da Educação, o número de matrículas no Ensino Médio caiu 2,5% em 2017, sendo que 84% são de alunos de escola pública.

Atualmente, existem 1,5 milhão de jovens de 15 a 17 anos fora da escola, isso significa 15% da população desta faixa etária. Falta de escolaridade significa aumento da criminalidade. Isso é estatístico. Dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) mostram que do total de presos no Brasil - mais de 725 mil pessoas - 75% não chegaram ao ensino médio e apenas 1% tem formação universitária.

De todos os presidiários, 55% têm entre 18 e 29 anos. E esta parcela deve aumentar ainda mais. O último Atlas da Violência produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), aponta que 24.628 adolescentes estão cumprindo medidas socioeducativas. O aumento foi de 82% em 10 anos.

A engrenagem para recrutar mais gente para o crime segue seu fluxo sem interrupções. O investimento em segurança, estrutura e fortalecimento de nossas policias não vai bastar se não dermos oportunidade para quem está à margem da sociedade. Nossas crianças continuarão a migrar para a violência e aumentar cada vez mais a população carcerária ou as estatísticas de homicídios.

É algo que demora a ser sentido, mas precisa ser feito. Colocar um pano para estancar um vazamento, como vem fazendo mais uma vez as nossas autoridades, irá servir por pouco tempo. O crime se atualiza e encontra novos espaços. Logo o pano estará encharcado e água continuará a inundar nosso país.

Educar as crianças é cuidar do nosso futuro e investir em segurança. Enquanto não olharmos para as pesquisas e dados alarmantes com esta visão, tudo não passará de enxugar gelo. Educação é o fator decisivo para crescermos como nação e pararmos de `ganhar medalhas` em rankings de violência.

* Marco Antônio Barbosa é especialista em segurança e diretor da CAME do Brasil.

Fonte: Comunique-se



Eleições para vereadores merecem mais atenção

Em anos de eleições municipais, como é o caso de 2024, os cidadãos brasileiros vão às urnas para escolher prefeito, vice-prefeito e vereadores.

Autor: Wilson Pedroso


Para escolher o melhor

Tomar boas decisões em um mundo veloz e competitivo como o de hoje é uma necessidade inegável.

Autor: Janguiê Diniz


A desconstrução do mundo

Quando saí do Brasil para morar no exterior, eu sabia que muita coisa iria mudar: mais uma língua, outros costumes, novas paisagens.

Autor: João Filipe da Mata


Por nova (e justa) distribuição tributária

Do bolo dos impostos arrecadados no País, 68% vão para a União, 24% para os Estados e apenas 18% para os municípios.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Um debate desastroso e a dúvida Biden

Com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro deste ano, realizou-se, na última semana, o primeiro debate entre os pleiteantes de 2024 à Casa Branca: Donald Trump e Joe Biden.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Aquiles e seu calcanhar

O mito do herói grego Aquiles adentrou nosso imaginário e nossa nomenclatura médica: o tendão que se insere em nosso calcanhar foi chamado de tendão de Aquiles em homenagem a esse herói.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Falta aos brasileiros a sede de verdade

Sigmund Freud (1856-1939), o famoso psicanalista austríaco, escreveu: “As massas nunca tiveram sede de verdade. Elas querem ilusões e nem sabem viver sem elas”.

Autor: Samuel Hanan


Uma batalha política como a de Caim e Abel

Em meio ao turbilhão global, o caos e a desordem só aumentam, e o Juiz Universal está preparando o lançamento da grande colheita da humanidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


De olho na alta e/ou criação de impostos

Trava-se, no Congresso Nacional, a grande batalha tributária, embutida na reforma que realinhou, deu nova nomenclatura aos impostos e agora busca enquadrar os produtos ao apetite do fisco e do governo.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O Pronto Atendimento e o desafio do acolhimento na saúde

O trabalho dentro de um hospital é complexo devido a diversas camadas de atendimento que são necessárias para abranger as necessidades de todos os pacientes.

Autor: José Arthur Brasil


Como melhorar a segurança na movimentação de cargas na construção civil?

O setor da construção civil é um dos mais importantes para a economia do país e tem impacto direto na geração de empregos.

Autor: Fernando Fuertes


As restrições eleitorais contra uso da máquina pública

Estamos em contagem regressiva. As eleições municipais de 2024 ocorrerão no dia 6 de outubro, em todas as cidades do país.

Autor: Wilson Pedroso