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De Maçónico a Cristo

De Maçónico a Cristo

08/03/2019 Humberto Pinho da Silva

Vitorino Nemésio era professor universitário, de cultura invulgar, e grande erudito.

Mas as lições monótonas e muito maçadoras, não despertavam o interesse dos alunos. Certa ocasião, João Nobre – conhecido maestro e compositor português, – ia adormecendo, ao assistir à aula, do professor. Cansado e entediado, resolveu levantar-se, e sair.

O Mestre, estava atento. Parando a dissertação, virou-se, e perguntou-lhe:

- “Então, vai sair?!”

João Nobre, jovem irreverente, respondeu-lhe, sem refletir:

- “Não aguento mais. O Senhor Professor, é um grande maçador! …”

E sem mais, abandonou a sala de aula. Vitorino Nemésio, retomou a exposição, como se nada tivesse passado.

Mais tarde, João Nobre, pensando melhor, receou que a precipitada atitude, poderia ser considerada afronta, ao Mestre.
Receoso, deixou de aparecer na Faculdade. Certificando-se, por colegas, que nada constava, sobre o assunto, começou a frequentar as aulas; mas não as do Professor Vitorino.

Por fim, ganhando coragem, sorrateiramente, entrou na sala do Mestre, sentando-se na última fila. Mas, o Professor, ao vê-lo, disse-lhe, em alta voz:

- “Pensei no que me disse, e considerei: que tinha razão. Vou tentar ser menos pesado”.

Nemésio tornou-se o intelectual mais popular do seu tempo, graças à rubrica: “Se Bem me Lembro”, na televisão. O Professor nasceu, a 19/12/1901, na Terceira (Açores).

Foi católico, mas no correr dos anos, afastou-se de Cristo. Em Coimbra colaborou em revistas culturais e aderiu à Maçonaria, na loja: “A Revolta”.

Formou-se com alta classificação em Filologia Românica, pela Faculdade de Lisboa. Casou, em 1926, com Dona Gabriela Monjardino Azevedo Gomes, e teve quatro filhos.

Mas…Quarta – Feira – Santa, do ano de 1954, foi visitar D. Manuel de Almeida Trindade (Bispo de Aveiro). Falaram durante três longas horas. No final, Vitorino Nemésio, tinha os olhos úmidos, e a voz trancada pela comoção.

As lágrimas, escorriam-lhe pela face, quando o notável Professor – e futuro diretor do matutino: “O Dia”, – rogava, ao sacerdote, a absolvição.

Toda essa cena comovedora é narrado em: “Memórias de um Bispo”, por D. Manuel Almeida Trindade. O Professor, congraçou-se, definitivamente, com Deus. O maçónico e “velho” republicano, nascera de novo.

* Humberto Pinho da Silva

Fonte: Humberto Pinho da Silva



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