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De novo a dívida

De novo a dívida

23/11/2016 Benedicto Ismael Camargo Dutra

Embebida no consumismo, a humanidade deixou de buscar o significado espiritual da vida.

Grande parte dos seres humanos pensa que a vida tem como prioridade trabalhar e atingir os objetivos terrenos, tais como obter aquisições, consumo e lazer, o que espelha a forma de agir na atualidade, vazia de sentido sem a participação do espírito, sem propósitos elevados.

A motivação mais forte é o atendimento das necessidades básicas. As coisas estão se complicando nos Estados Unidos e no mundo porque a repercussão das decisões tomadas pelos seres humanos está acontecendo de forma mais acelerada.

Conflitos e desencontros se agravam porque as decisões foram tomadas sem levar em consideração o conjunto. Decisões focadas no aspecto financeiro foram úteis para o controle global, mas afetaram o emprego, o meio ambiente e a busca do aprimoramento humano, gerando descontentamento e revoltas pelo mundo.

Existem mais mistérios entre o chão do dia a dia e o Banco Central do que possa imaginar a nossa vã economia. Há pouca transparência, a metodologia é complicada. Com 14% de juros Selic, em seis anos a dívida dobra; com as perdas em swap cambial o prazo diminui, enquanto isso a economia vai patinando com expressivo desemprego, aumento dos custos em geral, e acentuada queda na renda.

Aonde foi parar o dinheiro que deveria estar circulando azeitando a economia? Enquanto nos bancos da Suíça e dos Paraísos Fiscais existem trilhões de dólares, falta dinheiro em circulação. Há poucas oportunidades de trabalho remunerado para jovens e adultos.

A economia está estagnada, pois a renda é insuficiente. O sistema monetário é predatório, porque onde são feitos os lucros não é onde se coloca o dinheiro. Bilhões de dólares têm sido enviados todos os anos para paraísos fiscais. Os países mais fracos precisam entregar o sangue para não serem massacrados.

Dólar a R$3,50 inflaciona? Não ajuda a exportação e a geração de empregos? O problema que enfrentamos é a dependência crônica, decorrente do sistema cambial desequilibrado. A situação econômica dos povos poderia estar bem melhor, mas faltaram estadistas sérios e competentes e ciência econômica visando o progresso real, com ganhos normais sem a exploração de uns pelos outros.

Novamente a dívida, que vem travando o Brasil desde a proclamação da independência em 1822, está subindo. Os jovens, que agora galgam a adolescência, não se sentindo motivados para estudar, avançar e progredir, se entregam ao prazer imediato, pois não veem perspectivas; a falta de preparo para a vida é cada vez maior, o que favorece o desperdício de mais uma geração, acarretando a fragilização e estagnação do Brasil.

Garotas e rapazes não estão sendo adequadamente preparados para a responsabilidade de gerar filhos fortes de corpo e espírito, que desenvolvam seus talentos para a si mesmos e para o mundo. É preciso incentivar essa geração a se tornar forte para libertar o planeta da ignorância e do atraso, estando, assim, apta a alcançar progresso, paz e alegria.

É muito estranho que inúmeras pessoas comecem a duvidar da existência terrena de Jesus, o Amor de Deus, tudo porque muitas fantasias e adulterações foram introduzidas, de forma consciente ou não, gerando desconfiança e confusão a começar pelo nascimento e que ocorreu em conformidade com as leis naturais da Criação, pois de outro modo seria impossível à formação de um corpo.

Por séculos o mundo viveu preso aos dogmas. Lutero provocou a ruptura. Banqueiros, artesãos e comerciantes, impulsionados pela ética protestante, deram início ao sistema capitalista que culminou em Wall Street. Embebida no consumismo, a humanidade deixou de buscar o significado espiritual da vida.

A doença se espalhou com a robotização que entorpece a essência e reduz a capacidade de análise. Descontente com sua reduzida participação na riqueza produzida, a massa vai se deixando dominar pelo medo e insatisfação. A humanidade se encontra num processo de degeneração que está sendo percebido como normal, sem que as causas sejam seriamente pesquisadas. A humanidade está doente. A busca da Espiritualidade é a cura.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP.



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