Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Desafios do mundo corporativo para 2018

Desafios do mundo corporativo para 2018

09/01/2018 Daniela Mendonça

2017 se despede deixando um legado de muitas transformações.

A começar pelas profundas mudanças que a tecnologia trouxe para o mercado de trabalho. É consenso entre estudiosos que o mundo corporativo, a economia e a sociedade de forma geral já vivenciam a Quarta Revolução Industrial. O ritmo está acelerado.

Dia após dia existem novas regras para os negócios, para a maneira como se atrai, recruta e desenvolve os talentos. Afinal, quase todas as práticas empresariais estão sendo afetadas, desde a aprendizagem, a gestão, até a própria definição de trabalho.

É por isso que, em 2018, CEOs, gestores de RH e líderes devem estar de olho em alguns desafios que vão impactar a produtividade das empresas e também mudar a relação das corporações com seus colaboradores.

Robotização no mercado de trabalho

Com a chegada das soluções de Robotic Process Automation (RPA), o uso de “robôs” ou “bots”, sistemas de automação que atuam em conjunto com outras máquinas, é possível realizar atividades, que até então só podiam ser executadas por pessoas, com maior precisão e altíssima performance.

Para que se torne viável, é necessário que as tarefas sejam repetíveis, escaláveis e tenham um fluxo contínuo de informações, como o recebimento de currículos e preenchimento de informações dos candidatos em outro software, dentro de um processo de seleção, por exemplo. Nesse cenário, os RPAs vão obrigar os profissionais que hoje atuam com atividades operacionais, independentemente da área, a se desenvolver para um perfil criativo e que necessite de mais reflexão, pensamento crítico e de menos repetição.

Gestão humanizada

Ao mesmo tempo em que esses sistemas ganham espaço, as companhias também percebem que é necessário investir na gestão humanizada. Com a tecnologia executando atividades rotineiras, é possível dedicar tempo em um relacionamento mais próximo. Nesse cenário, o desafio dos gestores é conseguir conciliar os objetivos pessoais e profissionais dos colaboradores com as estratégias das empresas, bem como manter a produtividade da organização.

O intuito dessa prática é valorizar a interação e o bem-estar dos funcionários em prol de melhores resultados para a companhia. Em um mercado profissional competitivo, a humanização também é uma importante ferramenta para a retenção de talentos. Além disso, o exercício desse tipo de gestão reflete diretamente no atendimento humanizado dos clientes pelos colaboradores: se eles vivenciam, têm maiores chances de também praticarem.

Liderança inclusiva

Outro assunto fundamental é a diversidade no ambiente corporativo. Trabalhar diversas etnias, raças, crenças e gêneros nas equipes pode trazer uma série de benefícios para as empresas. O primeiro deles é tornar os processos de trabalho mais criativos e eficientes. Como consequência, os funcionários se sentirão mais motivados.

Uma pesquisa realizada em 2015 pela Harvard Business Review revelou, por exemplo, que nas empresas onde o ambiente de diversidade é reconhecido, os trabalhadores estão 17% mais engajados e dispostos a ir além das suas responsabilidades. Também foi identificado que a existência de conflitos chega a ser 50% menor do que em outras organizações. Isso significa que quando trabalhamos em um ambiente que aceita as diferenças, também nos sentimos mais à vontade para aprender, arriscar e contribuir.

Tecnologia

2018 vai marcar a consolidação do uso da inteligência artificial, people analytics e games no mundo dos negócios. Em 2017, essas tecnologias começaram a ser adotadas e algumas empresas já entendem como podem aplicar essas ferramentas para otimizar o trabalho de seus times.

O investimento em people analytics, ferramenta fundamental para uma gestão de pessoas estratégica, vem com mais força. Essa plataforma agrupa as informações sobre pessoas em um único lugar, proporcionando conclusões mais assertivas para RH e gestores, que precisam tomar decisões pautadas em dados concretos e não apenas em feeling.

eSocial

Para encerrar, não poderíamos deixar de citar o eSocial. O projeto do governo federal, que irá unificar a maneira como as empresas prestam suas obrigações trabalhistas e previdenciárias, entra em vigor no primeiro mês de 2018 e é dividido em fases para facilitar a adaptação. No entanto, o maior desafio para as companhias é a mudança de cultura. Por isso, o projeto irá movimentar organizações e gestores e não apenas a área de RH, como muitos acreditavam no início.

Já deu para perceber que o ano de 2018 vai ser movimentado. Desafios e mudanças não faltarão aos executivos e suas equipes. Mas é possível passar por essa etapa com mais tranquilidade.

De que maneira? Invista em tecnologia para que seus processos burocráticos se tornem automatizados e precisos e também para tornar as decisões mais certas, aumentar a produtividade e reduzir o overhead. Mas, sobretudo, desenvolva seu capital humano e valorize o ativo mais importante da sua empresa: as pessoas.

* Daniela Mendonça é Presidente da LG lugar de gente.



O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A poderosa natureza

O dinheiro é um vírus que corrompe tudo e quando a pessoa se “infecta”, dificilmente se livra.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


A maior eleição do mundo e o nacionalismo hindu

O ano de 2024 está sendo considerado o superano das eleições pelo mundo. Ao todo, mais de 50 países terão pleitos variados, dentre os quais o Brasil e os Estados Unidos.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray