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Dia Internacional de Luta contra a Aids

Dia Internacional de Luta contra a Aids

01/12/2018 Dra. Nelly Kobayashi

Prevenção ainda é o melhor remédio.

Quando falamos em AIDS muitas coisas nos vêm à mente. O tabu e o preconceito relacionados aos pacientes acometidos pela patologia e, até mesmo, as mortes de grandes artistas contemporâneos, como as dos cantores Freddy Mercury, Cazuza e Renato Russo, que foram vítimas da AIDS em uma época em que a epidemia se alastrava de forma vertiginosa em todo o mundo, são temas que ainda têm um grande impacto emocional em todos nós.

Para desmistificar o assunto e esclarecer a população sobre os principais meios de exposição ao vírus HIV, causador da doença, e os métodos preventivos disponíveis, no dia 1 de dezembro é celebrado o Dia Internacional da Luta contra a AIDS. A data foi instituída em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, desde 1988, o Ministério da Saúde aproveita a ocasião para promover ações de conscientização relacionadas a esta que ainda é uma das doenças mais letais que conhecemos.

Embora a mortalidade por conta da AIDS no Brasil tenha caído 7,2%, a partir de 2014, de acordo com o Boletim Epidemiológico HIV AIDS 2017, publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde (Ministério da Saúde), principalmente devido às boas políticas públicas de saúde e assertividade dos tratamentos, muitas pessoas ainda são negligentes quando o assunto é prevenção. Dados do Ministério da Saúde apontam que, entre 2007 e 2016, foram registrados mais de 136 mil novos casos de infecção por HIV no País.

A principal via de transmissão do HIV, é, sem dúvida, a prática de qualquer relação sexual sem proteção, independentemente de haver ou não penetração. Nesse cenário, a melhor forma de prevenção ainda é o uso da camisinha, embora o seu uso esteja ficando cada vez mais impopular, principalmente entre os jovens brasileiros.

Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), divulgada pelo IBGE e realizada com estudantes do 9o ano do ensino fundamental, mostrou que 33,8% dos entrevistados, jovens entre 13 e 17 anos de vida sexual ativa, não haviam utilizado o preservativo em sua última transa, o que é extremamente preocupante. Como principais justificativas, falta de informação e de preocupação, além do tradicional descuido foram citadas, embora, na prática, a eficácia da medicação dê uma falsa ideia de que os riscos de contaminação também diminuíram ao longo dos anos. As informações são de 2015, mas ainda são bastante atuais.

Não podemos esquecer também que existem outras maneiras de infecção, como o compartilhamento de seringas por usuários de drogas, o momento do parto (transmissão vertical) e, até mesmo, uma transfusão de sangue. Portanto, todo cuidado é pouco.

No caso de exposição ao risco de contágio, é recomendado que um médico seja imediatamente consultado. Para o diagnóstico, é necessário um exame de sangue ou da mucosa bucal para detecção dos anticorpos. A primeira etapa consiste em um teste rápido (anti-HIV) e, em caso de resultado positivo, realiza-se o Western Blot ou ELISA para a confirmação.

Uma vez detectado o HIV, um infectologista deve ser acionado e o tratamento iniciado imediatamente. Em geral, é indicada uma combinação de drogas antirretrovirais, que deve ser ingerida diariamente, sempre no mesmo horário. Atualmente, essas medicações são bem toleradas pelo organismo e fáceis de ministrar, com poucos efeitos colaterais, como enjoo ou alteração intestinal.

Geralmente, os primeiros sintomas da contaminação pelo vírus são as chamadas doenças oportunistas. Ao destruir as células de defesa, o HIV impacta diretamente na imunidade do indivíduo, abrindo caminho para que estas patologias se instalem. Dentre as mais comuns, podemos citar a pneumocistose, a toxoplasmose, o Sarcoma de Kaposi e a tuberculose.

As primeiras reações são febre persistente, tosse seca, garganta arranhada, suor noturno, rápida perda de peso, náusea, queda de energia, entre outras. Muitas vezes, as pessoas ficam anos com o vírus incubado, sem apresentar sintomas. Por isso é sempre recomendada a realização de exames periódicos.

Uma das principais novidades no tratamento da AIDS é a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ou pílula anti-HIV, que é distribuída pelo Ministério da Saúde desde 2017 a todas as pessoas que apresentam risco da exposição ao vírus. No entanto, mesmo com a medicina em constante evolução, a prudência não deve ser descartada. Embora a eficácia da PrEP seja reconhecida cientificamente, a prevenção ainda é o melhor remédio.

* Dra. Nelly Kobayashi é sexóloga e parceira da Innuendo, boutique erótica da cidade de São Paulo.

Fonte: Note Comunicação



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