Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Dinheiro, um mito em extinção

Dinheiro, um mito em extinção

26/06/2019 Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

Todos nós, ao longo da vida, ouvimos as mais incríveis histórias (verdadeiras ou fantasiosas) sobre o dinheiro.

Ter muito dinheiro, foi o sonho mais acalentado pelas crianças desde o dia em que tomaram conhecimento de que com aquelas cédulas ou moedas se adquire os doces, brinquedos e praticamente todos os produtos que facilitam a vida.

Além de Tio Patinhas, o personagem infantil que possui uma fortuna dentro de uma caixa forte e “nada” no dinheiro, tivemos acesso a casos mais próximos de indivíduos de baixa cultura que, em vez de aplicar ou depositar no banco, guardaram o dinheiro dentro ou debaixo do colchão e perderam tudo porque a inflação corroeu o poder de compra.

O avanço da tecnologia e das comunicações, no entanto, está expulsando o dinheiro  de nosso dia a dia. Embora o mercado ateste que 52% das vendas no comércio ainda sejam pagos com dinheiro vivo, estima-se que 70% dos pagamentos gerais se processem por transferências eletrônicas em diferentes formatos (cartão, documentos, ordem bancária, etc.) e a tendência é que isso se estenda, cada dia mais, às transações de menor valor.

Exemplos claros são os cartões do sistema de transportes, dos programas sociais e outros que disponibilizam serviços e são pagos previa ou posteriormente. Até nas feiras-livres encontramos boa parte dos vendedores recebendo por cartão de débito ou crédito.

Ninguém é capaz de prever, com segurança, quando o dinheiro deixará de circular, mas muitos estimam que isso poderá ocorrer em 20 anos, quando praticamente toda a população estiver integrada aos meios eletrônicos e similares.

Diz a história que o dinheiro surgiu no território onde atualmente é a Turquia, no século VII aC, onde foram cunhadas moedas rudimentares que receberam valor na troca por mercadorias.

Com o passar do tempo foi tomando formas e aperfeiçoamento até chegar ao estágio atual de cédulas e moedas garantidas pelos governos e reguladas pelo mercado.

Ao mesmo tempo que exerce verdadeira mística sobre as pessoas, esse material traz como inconvenientes o custo de manutenção, possibilidade de contaminação e transmissão de doenças, a necessidade de transporte e, principalmente, a insegurança.

Os assaltos, hoje conhecidos como saidinha de banco, são testemunhas disso. Também servem à corrupção, como demonstram as malas de dinheiro ilícito e os maços de notas apreendidos na cueca e em outros lugares improváveis de transporte e guarda.

A disseminação dos processos computadorizados, além de servir à circulação dos valores sem a movimentação física de dinheiro, também se prestam à fiscalização da licitude dos pagamentos e recebimentos. Quanto mais se aperfeiçoa a tecnologia, torna-se mais difícil esconder dinheiro.

Essa talvez seja uma das fortes razões para que, num tempo não muito distante, cédulas e moedas se tornem peças de museu destinadas apenas a contar a história das relações comerciais entre governos, empresas e indivíduos que, a partir de então, farão suas transações pelos cartões, hoje conhecidos como “dinheiro de plástico” ou mediante simples ordens de transferência da conta de quem paga para a do recebedor.

No lugar do dinheiro físico restará o virtual, cercado de grande esquema de segurança contra ladrões, corruptos e outros malfeitores…

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo). 

Fonte: Dirceu Cardoso Gonçalves



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves