E a Educação, como é que fica?
E a Educação, como é que fica?
Qualquer pessoa medianamente instruída sabe que a Educação – assim mesmo com maiúsculas – é a base para o desenvolvimento pessoal e social.
É simples constatar-se esse fato; bastando para isso fazer algumas verificações: a primeira é a de que a escolaridade tem um papel preponderante no desenvolvimento social e econômico das pessoas.
Em qualquer comunidade as pessoas que estudaram mais – de preferência em boas escolas, conseguiram alcançar um melhor desenvolvimento intelectual e desenvolver a aptidão para compreender as coisas e obter as melhores colocações em empregos. Passam, sob todos os aspectos por uma transformação visível, que é percebida por todos os membros da comunidade a que pertencem.
Diante delas, abre-se normalmente um leque de oportunidades que leva necessariamente a uma vida bem sucedida.
“Obviedades”, deve estar murmurando o leitor deste comentário. Mesmo sendo óbvio este fato ainda foge à percepção de muitas pessoas que deveriam se comprometer para mudar o futuro de milhões de jovens que vivem em nosso país à margem de planos e programas capazes de lhes oferecer oportunidades intelectuais e qualificação profissional capazes de lhes abrir as portas para uma vida promissora.
Quem acompanha atentamente a trajetória sócio econômica do Brasil ainda se lembra de um tempo em que a educação era prioridade nacional, o que entusiasmou os jovens e os conduziu à escolas em busca de conhecimentos capazes de levá-los à emancipação intelectual e, por conseqüência, ao crescimento profissional. Isso aconteceu no final dos anos 60 e começo dos anos 70.
Por todos os lugares, viam-se jovens correndo às escolas, sonhando com um futuro melhor. Na época, falava-se muito no PREMEM, que era uma das portas para a emancipação dos jovens. Paralelamente a isso, havia as propostas de alfabetização de adultos, oriundos do clima reinante.
De repente, tudo acabou. A Democracia voltou a ocupar o lugar que lhe pertencia por direito, mas o entusiasmo educacional sumiu do dia para a noite. Sem a empolgação pelos estudos, diminuiu a esperança e acabaram as oportunidades.
Os jovens que, naquela época, entusiasmaram-se com os estudos, agora se comprazem nas passeatas como as que recentemente voltaram ao país – sem que as autoridades tenham se conscientizado de que isso aconteceu como resposta ao descaso e do abandono. Que se faça alguma coisa antes que seja tarde demais.