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Economia circular aplicada na indústria alimentícia

Economia circular aplicada na indústria alimentícia

22/12/2017 Thaís Hiramoto

Você já ouviu falar sobre economia circular?

Trata-se de um conceito que integra o desenvolvimento sustentável aos aspectos econômicos, inspirado na permacultura econômica ou, simplesmente, na economia verde. Mas o que isso significa?

O modelo defende a ideia de que tudo que tem origem na natureza, no fim de sua vida útil, retorne para ela, causando o menor impacto ambiental possível e de forma que aumente a eficiência produtiva como um todo.

A economia circular pode ser aplicada nas mais diversas áreas da sociedade, porém a indústria alimentícia tem um papel-chave dentro desse contexto. É esse setor o responsável por fazer a conexão do campo com os consumidores finais, de modo que os produtos sejam aproveitados em sua totalidade – isso, claro, quando a permacultura econômica é colocada em prática.

Um ótimo exemplo de aproveitamento total do produto ocorre no sistema circular da castanha-do-Brasil, fruto encontrado em locais de difícil acesso e, geralmente, coletado por comunidades locais. Após a coleta, é realizada a prensagem a frio das amêndoas, que dá origem ao óleo utilizado na preparação e finalização de diversos pratos.

A farinha resultante do processo, é ingrediente para alimentos consumidos localmente. Já a casca, é destinada a adubação da terra e todo o processo de cultivo orgânico. E, o melhor de tudo: o produto final é funcional, saudável, rico em ômegas 6 e 9, fitoesteróis, esqualeno e vitaminas naturais.

Outro fruto que pode ser considerado um exemplo é o cupuaçu, onde se extrai a polpa usada em sucos e geleias. Da amêndoa é removida a manteiga utilizada em pães, doces e salgados, tudo isso sob um cultivo agroflorestal.

O impacto de todos esses trabalhos é maior do que as pessoas podem imaginar, vai além de toda produtividade de reaproveitamento e de um produto saudável. A preservação das áreas nas quais os frutos estão localizados ajuda, inclusive, na redução do desmatamento da floresta.

Outro balanço positivo que podemos fazer da conservação dessas regiões refere-se às toneladas de carbono que deixam de ser emitidas na atmosfera e que causam o aquecimento global. O modelo de economia circular também precisa ser organizado para, assim, manter a perpetuação das espécies, das florestas e até mesmo das pessoas. É importante que a indústria alimentícia tenha todos esses efeitos positivos e contribua com as comunidades que atuam de forma organizada, responsável e sustentável.

Por fim, cabe dizer que toda a iniciativa da economia circular está de acordo com o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) de número 15, ligado ao tema “Vida Terrestre” e que busca proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres; gerir de forma sustentável as florestas; combater a desertificação; deter e reverter a degradação da terra; e deter a perda da biodiversidade.

Além desse, outros 16 ODS foram implementados pela ONU, com a finalidade de aplicar universalmente, até 2030, ações que contribuam com o fim da pobreza, da desigualdade social e que combatam as alterações climáticas.

Para fomentá-los em todo o mundo, anualmente são reconhecidos líderes empresariais, conhecidos como Local SDG Pioneers. Ulisses Sabará, presidente do Grupo Sabará, foi selecionado em 2016 reconhecido pelos seus esforços em aliar a conservação da natureza com o benefício para as comunidades locais.

* Thaís Hiramoto é especialista em sustentabilidade da Concepta Ingredients, Unidade de Negócio do Grupo Sabará especializada no desenvolvimento de soluções naturais e tecnológicas, com foco nas indústrias de alimentos, bebidas, nutrição animal e farmacêutica veterinária.



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