Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Educação básica pública brasileira: uma queda para o infinito

Educação básica pública brasileira: uma queda para o infinito

24/11/2013 Wellington Fontes Menezes

Mais uma vez, o MEC metendo os pés pelas mãos, numa briga de foice no escuro sem fim. As lambanças são cada vez mais desastrosas e populistas onde reina a demagogia rasteira, asquerosa e barata.

Depois do lançamento das bolsas de turismo acadêmico, sem eira nem beira, para alunos da graduação do programa "Ciência sem Fronteiras" e cortar verbas para os alunos da Pós-graduação, agora é dar mais "bolsa-incentivo" para ver se terá alguma alma querendo lecionar no Ensino Básico.

É muito surrealismo irresponsável e demagógico! Mais dinheiro público jogado no ralo para objetivos sem contexto, sem sentido e sem lastro com a realidade. Impressiona a quantidade de bobagens que o MEC vem fazendo na Educação neste país. Uma medida mais esdrúxula do que a outra. O problema não é a falta de professores, mas falta de infraestrutura mínima para seguir carreira na Educação Básica. Sem carreiras definidas, jogada às traças, dependendo da esmola de um piso nacional salarial e, por sua vez, com salários ínfimos, exceto aqueles de desejam por fé e esperança se tornarem professores deste segmento, o restante faz por falta de outra opção e tem que se formarem de forma mambembe em faculdades igualmente mambembe, daí uma das causas seríssimas do péssimo nível dos professores: o ciclo da ignorância consentida pelo Estado.

O profissional da Educação Básica vive a base de esperança e entalados de comprimidos de clonazepam e similares. No Estado de São Paulo, onde a monstruosidade é maior na área de Educação Básica, praticada pela dinastia do PSDB e jorrando uma política canalha por excelência no campo da Educação.

Para contemplar a perversidade completa, até mesmo o governo do Estado submeteu os professores a ridícula humilhação pública a fazem provinhas imbecis para supostamente ganharam uns trocados a mais em seus holerites (ou seja, o aumento do salário estaria atrelado as malditas provinhas que a metodologia neoliberal dos tucanos vem causando um lastro de excremento pelo país). O resultado, é claro e transparente: a Educação Básica público no fosso, uma classe docente adoecida e um sindicalismo da área parasita e conivente com os desmando dos governos tucanos.

E quanto o PT? Simples: copia a mesma cartilha tucana e coloca uma estrela imbecilizada no alto da página e, para dar um ar de sofisticação, incrementa ainda a técnica dos cursos à distância para tapear com mais rapidez e distribuir papéis timbrados que querem ser chamados por "diplomas", ou seja, como se o computador fosse resgatar nosso atraso abissal! Temos uma realidade muito difícil com governos completamente estúpidos e incompetentes na área de Educação Básica, seja petistas, seja tucanos ou qualquer outra sigla.

Dar royalties do petróleo para Educação em um futuro qualquer é bonito politicamente, mas demagógico e não condiz com a realidade daqueles que não podem mais esperar a ilusão política do pré-sal (que por sinal, pelas políticas neoliberais aplicados pelo neopetismo, anda sendo fatiada para doar para as empresas multinacionais do setor!).

Em sua maioria, até mesmo os partidos de esquerdas mais radicais não possuem propostas que sejam serias para a área, exceto alguns estereótipos doutrinários que num mundo democrático e respeito à dignidade humana não poderiam serem levadas a sério (que me perdoe os colegas que acham que o significado da vida é fazer celibato dogmático do messianismo operário-camponês!).

De todos os problemas estruturais no país, após a questão da Segurança Pública (que certamente é o maior desafio atual de uma América Latina que tenta se reestruturar economicamente e absurdamente desigual socialmente), a crise da Educação é a maior de todas e a mais difícil de resgatar, onde se encontra os maiores papagaios de pirata que nada sabem do que fazem em seus gabinetes monitorados por ar condicionado e ainda levam a mais atraso (com cara de "progresso") ao país.

Para a desgraça deste Brasil, que teima em jogar fora grandes oportunidades históricas no campo da cidadania, a Educação, cada vez mais, parece ser uma queda para um fosso infinito e rumo ao vazio existencial.

*Wellington Fontes Menezes é mestre em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista (UNESP).



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves