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Empreendedores olhem para o Mercado Geriátrico

Empreendedores olhem para o Mercado Geriátrico

24/04/2010 Sérgio Nardi

A palavra empreendedorismo esteve sempre aliada a dinamismo, criatividade, arrojo e outros tantos adjetivos que denotam uma constante e incessante rotina de atividades dinâmicas. Empreender é arriscar, ousar é ter visão de mercado, muito antes, das pessoas identificarem as oportunidades. É transformar em negócio essas oportunidades levando os demais, a se contentarem, com a opção restante, a de segui-lo ou copiá-lo.

Um novo cenário surge na plataforma do empreendedorismo brasileiro. Os jovens, com idade entre 18 e 24 anos, estão colocando o Brasil entre os países mais empreendedores do mundo. Segundo o Global Enterpreneurship Monitor 2008 (GEM), do total de novos empresários brasileiros, 25% são jovens, o que evidencia o Brasil como o terceiro país com maior nível de empreendedores jovens.

Com tantos nichos de mercado já explorados no Brasil, no que empreender? Surge um novo mercado que promete lucros certeiros pelo menos nos próximos 50 anos, o Empreendedorismo Geriátrico, ou seja, o mercado da Melhor Idade, antes definido como Terceira Idade. A área crescerá exponencialmente nas próximas décadas, hoje ainda é muito incipiente e pouco explorada pelos empresários tradicionais, surge mais uma oportunidade para a nova geração de empreendedores.

Segundo estatísticas do IBGE, no ano 2000, 30% dos brasileiros tinha de zero a 14 anos, e os maiores de 65 representavam 5% da população. Em 2050, esses dois grupos etários se igualarão: cada um deles representará 18% da população brasileira. Se em 2000 o Brasil tinha 1,8 milhão de pessoas com 80 anos ou mais, em 2050 esse contingente poderá ser de 13,7 milhões”.

Só esta análise isolada já seria suficiente para empresários e empresas avaliarem as possibilidades e as novas oportunidades criadas por esse exército de idosos, mas a evolução econômica e a mudança do perfil das famílias nos últimos anos nos trazem fatores ainda muito mais reveladores.

Os mais jovens estão se casando cada dia mais tarde e optam por morarem com os pais, um maior número de anos, em parte pelo comodismo da situação e em outros casos pela falta de oportunidade e emprego para essa nova geração de profissionais. A constituição da renda familiar nos lares brasileiros, cada vez mais, conta com o salário, a aposentadoria e os dividendos dos mais velhos.

A expectativa de vida maior dos mais velhos, que segundo o mesmo levantamento do IBGE será de 81,3 anos em 2050 contribui para a criação de negócios voltados a melhor idade.

Dinamismo, arrojo, visão e risco continuam sendo requisitos para o empreendedor criar negócios voltados aos idosos. A diferença é que, nem sempre o negócio tem que carregar no seu escopo, o vigor desses adjetivos.

A tranqüilidade, a atenção, o atendimento diferenciado, a paciência e a dedicação são os diferenciais em negócios voltados a esse público e extraordinários alavancadores de rentabilidade.

O ritmo, a calma e a tranqüilidade de um idoso não reflete a robustez e a relevância que esse mercado tem e continuará a ter nos próximos anos, afinal de contas se considerarmos o período projetado pelo IBGE, de 2000 até 2050, teremos um crescimento real estimado, da ordem de 761% de pessoas nessa faixa de idade ou algo em torno de 4,16% de crescimento ao ano, constante durante 50 anos. Empreendedor está esperando o quê?

* Sérgio Nardi é escritor é palestrante, especialista em gestão empresarial e autor dos livros “A Nova Era do Consumo de Baixa Renda”, “Marketing para o Varejo de Baixa Renda” e “Viva Melhor”.



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