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Ensino técnico é opção para jovens contra o desemprego

Ensino técnico é opção para jovens contra o desemprego

29/09/2017 Luiz Antonio Namura Poblacion

O Brasil é um país marcado pela desigualdade social.

E isso pode ser percebido em diversos setores. Um dos mais importantes é a educação, o que afeta diretamente o emprego e a qualidade de vida dos trabalhadores. Pesquisa recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostrou que o brasileiro com diploma de nível superior tem remuneração 140% maior do que um profissional que concluiu apenas o Ensino Médio.

Essa é a maior diferença entre os 40 países analisados no estudo. O Ensino Superior ainda é algo quase inatingível para brasileiros de algumas regiões do país. No Maranhão, por exemplo, apenas 7% da população entre 25 e 37 anos frequentam uma universidade. Já no Distrito Federal esse contingente sobe para 35%, o que ainda é pouco. E em todo o país, apenas 15% dos universitários conseguem se formar.

De acordo com a OCDE, esse índice é mais baixo do que a metade da média mundial, que é de 37%; e também menor do que o de países vizinhos como Argentina, Colômbia e Chile – todos na casa dos 22%. Uma das principais causas é o alto custo para se cursar uma faculdade, visto que são muito poucas as universidades públicas do país; e para conseguir vaga em uma delas é necessária uma boa preparação – que custa caro - para competir com outros milhares de estudantes.

A solução que muitos encontram é recorrer aos financiamentos estudantis e às bolsas, tanto que 75% dos estudantes universitários brasileiros estão em instituições privadas, enquanto a média mundial é 33%. O que muitos ainda não percebem é que ter um diploma de Ensino Superior não é a única forma de conseguir um bom emprego. É preciso que os estudantes e empresários valorizem a mão de obra técnica, que é extremamente necessária.

Esse desprestígio de carreiras ligadas a um diploma de Ensino Médio Técnico gera preconceito inclusive entre os jovens, que querem estudar para trabalhar em escritórios e não para atuar como mecânicos. O Brasil ainda investe pouco em Ensino Técnico. Apenas 9% dos estudantes de Ensino Médio recebem formação técnica – enquanto que nos países da OCDE esta média é de 46%.

Não bastasse a crise econômica que reduz as vagas em todos os setores, esse quadro educacional se reflete diretamente no alto nível de desemprego que atinge os trabalhadores com menor qualificação profissional do país.

Além de salários maiores, profissionais com Ensino Superior têm taxa de desemprego menor. No segundo trimestre deste ano, a taxa de desemprego entre profissionais com Ensino Superior foi de 6,4% enquanto que entre trabalhadores com apenas o Ensino Médio foi de 14,6%.

Por isso, é fundamental valorizar o Ensino Médio Técnico, que garante aos jovens uma profissão, em setores tão carentes de mão de obra especializada. É preciso com urgência mudar esse cenário. O diploma técnico abre portas e pode mudar a cara do desemprego do país.

* Luiz Antonio Namura Poblacion é Presidente do grupo Vitae Brasil, Engenheiro Elétrico pelo ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, com especialização em Marketing e Administração de Empresas e MBA em Franchising pela Louisiana State University e Hamburguer University – Mc Donald´s.



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