Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Greve dos caminhoneiros: os direitos nem sempre são iguais

Greve dos caminhoneiros: os direitos nem sempre são iguais

04/10/2021 Jarlon Nogueira

No decorrer da sua história como república, o Brasil foi marcado por diversas manifestações a favor da democracia, que buscavam uma realidade mais justa e igualitária.

O maior deles, sem dúvida, foi o movimento Diretas Já, que aconteceu em 1984 e que lutou pela retomada das eleições diretas.

Impossível não lembrar também dos Caras-Pintadas, liderados por estudantes brasileiros em 1992 tendo como objetivo principal o impeachment do presidente do Brasil na época, Fernando Collor de Mello.

Nós, brasileiros, acreditamos na importância das manifestações e no poder transformador que elas têm na política, economia e sociedade brasileira.

Porém os objetivos dos caminhoneiros participantes do movimento realizado poucos dias atrás são diferentes dos buscados anteriormente.

Nas manifestações de 2018, por exemplo, caminhoneiros de todo o país pararam durante diversos dias em busca de situações de trabalho mais justas.

Algumas reivindicações foram atendidas, mas não todas, o que levou a uma ameaça de nova paralisação em fevereiro e depois em julho deste ano, que acabaram não se concretizando.

Na pauta estavam questões importantes como o aumento dos combustíveis, do valor dos pneus e a criação de uma tabela de frete mínimo.

Temas que nem são tocados pelos atuais manifestantes, que pedem mudanças de teor político e dissociadas até mesmo das bandeiras e reivindicações da própria categoria.

Deve ser por esse motivo, além de não querer se envolver em uma manifestação política, que nenhum sindicato do país tomou partido ou apoiou as manifestações iniciadas no dia 7 de setembro.

Inclusive o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), entidade que reúne diversas associações de caminhoneiros, entrou com uma ação contra a União, o presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores por atos do dia 7 de setembro.

As paralisações que aconteceram na semana passada tiveram o apoio de uma parcela ínfima dos caminhoneiros brasileiros, que forçaram seus companheiros a parar. E isso é, no mínimo, injusto com quem precisa trabalhar.

Hoje, no País, cerca de 82% da carga é transportada por caminhões, segundo a Fundação Dom Cabral. Somos dependentes do transporte rodoviário e do trabalho de mais de 2 milhões de profissionais que, literalmente, carregam o Brasil sobre suas rodas.

Todos têm razão de lutar pelos direitos! Mas isso não aconteceu com o movimento de dias atrás, que buscou objetivos que não são reconhecidos pela maioria da categoria. Ou seja: os direitos nem sempre são iguais, principalmente quando atendem apenas uma pequena parcela.

O Brasil tem pressa de crescer. Com uma inflação recorde registrada em agosto, a maior variação para o mês de agosto em 21 anos, simplesmente não podemos nos dar ao luxo de parar o Brasil por conta da vontade de poucas pessoas.

Quero deixar claro que todos somos a favor do Brasil!

* Jarlon Nogueira é CEO da AgregaLog - transportadora digital que oferece soluções inovadoras de logística de transporte para a indústria.

Para mais informações sobre manifestações clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Fonte: Conecte Comunicação



Para escolher o melhor

Tomar boas decisões em um mundo veloz e competitivo como o de hoje é uma necessidade inegável.

Autor: Janguiê Diniz


A desconstrução do mundo

Quando saí do Brasil para morar no exterior, eu sabia que muita coisa iria mudar: mais uma língua, outros costumes, novas paisagens.

Autor: João Filipe da Mata


Por nova (e justa) distribuição tributária

Do bolo dos impostos arrecadados no País, 68% vão para a União, 24% para os Estados e apenas 18% para os municípios.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Um debate desastroso e a dúvida Biden

Com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro deste ano, realizou-se, na última semana, o primeiro debate entre os pleiteantes de 2024 à Casa Branca: Donald Trump e Joe Biden.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Aquiles e seu calcanhar

O mito do herói grego Aquiles adentrou nosso imaginário e nossa nomenclatura médica: o tendão que se insere em nosso calcanhar foi chamado de tendão de Aquiles em homenagem a esse herói.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Falta aos brasileiros a sede de verdade

Sigmund Freud (1856-1939), o famoso psicanalista austríaco, escreveu: “As massas nunca tiveram sede de verdade. Elas querem ilusões e nem sabem viver sem elas”.

Autor: Samuel Hanan


Uma batalha política como a de Caim e Abel

Em meio ao turbilhão global, o caos e a desordem só aumentam, e o Juiz Universal está preparando o lançamento da grande colheita da humanidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


De olho na alta e/ou criação de impostos

Trava-se, no Congresso Nacional, a grande batalha tributária, embutida na reforma que realinhou, deu nova nomenclatura aos impostos e agora busca enquadrar os produtos ao apetite do fisco e do governo.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O Pronto Atendimento e o desafio do acolhimento na saúde

O trabalho dentro de um hospital é complexo devido a diversas camadas de atendimento que são necessárias para abranger as necessidades de todos os pacientes.

Autor: José Arthur Brasil


Como melhorar a segurança na movimentação de cargas na construção civil?

O setor da construção civil é um dos mais importantes para a economia do país e tem impacto direto na geração de empregos.

Autor: Fernando Fuertes


As restrições eleitorais contra uso da máquina pública

Estamos em contagem regressiva. As eleições municipais de 2024 ocorrerão no dia 6 de outubro, em todas as cidades do país.

Autor: Wilson Pedroso


Filosofia na calçada

As cidades do interior de Minas, e penso que de outros estados também, nos proporcionam oportunidades de conviver com as pessoas em muitas situações comuns que, no entanto, revelam suas características e personalidades.

Autor: Antônio Marcos Ferreira