Cada dia que passa, vemos o uso da tecnologia a serviço de uma estratégia para aguçar os sentidos do comprador. Vivemos a era da “economia da experiência”. Vende o seu produto ou serviço quem oferecer a melhor sensação.

Os brasileiros são consumidores muito mais emocionais do que parece e para a maioria existe uma verdade que é a de viver a compra. No contexto de consumidores, marcas e sensações, a mídia tradicional e a internet serão meros veículos que levaram a massa inteira para participar, experimentar e vivenciar as ações que vão conquistar a mente e coração dos clientes.

Presenciei cases interessantes, nesse sentido, em fevereiro em Las Vegas, nos EUA, na GlobalShop, com a M&M e a Coca Cola.  Nos espaços destinados a essas “Love Brands” os clientes tiravam fotos, dançavam, assistiam filmes em 3D com a materialização da marca como personagem. A personalização do produto interagindo com o público.

Marcas e produtos ganham outra dimensão e deixam de ser algo concreto para se tornar experiências que ficam na lembrança da pessoa. A M&M criou, por exemplo, uma máquina em que era possível customizar os chocolates com o nome de alguém que se ama, aliando tecnologia e experiência.

Essa, sem dúvida, é umas das fortes tendências nessa área, transformar o ponto de venda em cenário em que os personagens são consumidores e marcas. Apesar de todas as particularidades do mercado consumidor brasileiro e de como ele vem se comportando durante a crise econômica, acredito que continuaremos a ver estas tendências aportando cada vez mais por aqui, especialmente no que diz respeito às tecnologias digitais influenciando comportamentos de compras dentro e fora dos pontos de vendas e o foco na interatividade como forma de agregar valor à marca.

Sandro Ari Pinto é vice-presidente da CIAGROUP.