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O acordo de Paris se tornou emergencial

O acordo de Paris se tornou emergencial

28/06/2017 Amadeu Roberto Garrido de Paula

As florestas da Península Ibérica ardem. Em seguida à de Portugal, na Andaluzia.

Florestas viram fogueiras estrepitosas e desumanas. Populações inteiras são obrigadas a deixar suas moradas. Num ciclo vicioso, são provocadas pelo aquecimento global e o recrudescem.

O acordo de Paris prevê a redução da meta de carbono em 2020. É muito tempo. Essa redução deveria começar imediatamente, e isso é possível. Donald Trump é o óbvio Mefistófeles do século XXI. Parece que cada século tem seu Fhüher, levada ao poder pelo próprio povo. No caso do novayorquino do mal, com a ajuda do império do mal oriental.

A Rússia, desde a época dos czares, é governada por opressores, burocratas e policiais. Nas escolas policiais se aprende a cultivar a mentira, um valor às avessas. Putin é seu representante máximo em nossos dias.

Com certeza, influenciou as eleições americanas, submetidas a um sistema em que territórios soberanos têm mais valor que os seres humanos. Denunciou o acordo de Paris em 1º de junho. Sua eficácia resultará em 1 ano. O Brasil perdeu significativos aportes financeiros da Noruega porque foi incapaz de fiscalizar sua mata amazônica.

Sabe-se que os países de maiores extensão territorial têm dificuldades para exercer seu poder de polícia. Porém, sabe-se, também, que um País incapaz de cuidar de sua "res" pública é um País sem soberania. As madeiras amazônicas deitadas em grossas toras ao chão são um dos mais fortes exemplos de nossa inépcia administrativa.

Não seria nenhuma vergonha retroagir no tempo e, como no velho oeste, construir na selva amazônica postos militares avançados, com a finalidade precípua de evitar a derrubada de árvores. Proibir a venda de motosserras, que ficariam sob o poder do Estado. Entretanto, se na próxima e planejada Brasília corre a corrupção, o que não se imagina no interior da selva.

Mas há que reagir, com penalidades fortes, efetivas e imprescritíveis, porque o crime é de lesa-humanidade. 2020 é distante à solução de um problema dessa envergadura. Sabe-se que os tratados internacionais são complexos e demorados, por envolver instituições de vários países. A natureza, contudo, impõe circunstâncias que não esperam.

Conter o aquecimento global já, mantendo a temperatura abaixo de 1,5º. Aquele marco, não distante, poderá ser tardio. Queimadas recorrentes no Brasil terão consequências dramáticas. Sabemos como andam nossas pobres instituições, nossos corpos de bombeiros, nossas polícias florestais, todos sucateados pelo dinheiro que vai embora pelo ralo da corrupção.

Incêndios de grandes proporções no Brasil não terão combatentes à altura. Quem nos ajudará? Trump ou Putin? Em Pedrógão Grande, Portugal, depois de 24 horas havia 1000 espanhóis a auxiliar no combate às chamas, afinal debeladas. Vivem os portugueses sob a Comunidade Europeia. Vivemos nós sob o Mercosul. Houve, ainda, um infeliz "brexit", que os britânicos adotaram por apertada maioria, a ver a incerteza dos plebiscitos ou referendos.

A voz do povo é a voz de Deus. Nem sempre. A única solução dos ingleses é deixar a pose a realizar outra consulta popular. Está escrito nas estrelas o resultado, porquanto a Grã-Bretanha ficou sem economia de mercado internacional. Reflexamente, ter-se-á a consciência da importância da vida conjunta e solidária. O fogo dos deuses talvez esteja a nos avisar.

O bem e o mal estão aí, não numa luta maniqueísta, mas o demônio é insidioso. Quem quiser vê-lo, é só meditar um pouco sobre as condutas dos homens públicos do mundo, da Casa Branxa ou do Kremlin.

* Amadeu Roberto Garrido de Paula é Advogado e sócio do Escritório Garrido de Paula Advogados.



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