Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O encantamento de São José

O encantamento de São José

17/03/2017 Padre Luiz Roberto Teixeira Di Lascio

A Igreja Católica comemora no dia 19 de março o Dia de São José.

Esse grande homem, justo varão, cuja história, envolta em tanto mistério, exerce sobre nós algo que nos leva a profunda admiração e em busca de respostas.

São José, presença acolhedora e paterna que dá segurança, estabilidade, coragem, determinação e apoio. Quando olhamos para Ele, sentimo-nos amparado e percebemos que não estamos a sós.

O encantamento desse homem bíblico gera uma força de santidade que nos move em direção aos mistérios da alma. Ao olharmos para a figura de São José somos atraídos a entrar no mistério divino.

O silêncio que se apoderou desse homem o fez ser conhecido como servo bom e fiel, que se santificou na procura de ajustar a sua vida à vontade divina. Seu lema de vida: em tudo procurar fazer a vontade de Deus.

Na Igreja Católica, São José é venerado e cultuado como santo pelas suas virtudes e missão. Abraçou com ardor e amor a missão que Deus lhe reservou. Conforme o texto de Mateus, “acolheu Maria em sua casa como esposa”, exerceu a função de pai com relação menino que estava para nascer e impôs-lhe o nome de Jesus, reconhecendo-o como filho.

São José não disse uma palavra. Talvez isso o tenha feito conquistar tantos devotos. Todo o seu encantamento está no silêncio misterioso que passa e transpassa a sua vida e a vida de Maria e de Jesus.

José, homem de fé, aprendeu a caminhar na presença de Deus. Teve sempre os olhos e o coração voltados para o céu e as mãos e os passos voltados para família, o trabalho e a comunidade.

Tinha consciência de que era um escolhido por Deus e chamado a colaborar no plano da salvação da humanidade. O mistério que se esconde atrás da sua figura paterna e de chefe da família de Nazaré, leva os seus devotos a mergulhar cada vez mais na incompreensível realidade da presença de Deus na história da humanidade.

São José é o patrono da Igreja Católica, padroeiro dos marceneiros e carpinteiros, da boa morte, dos órfãos e abandonados, das famílias. Padroeiro das centenas de congregações religiosas, dos migrantes, orientador das vocações sacerdotais, religiosas e dos casais.

Seus devotos o homenageiam e demonstram seu carinho pela assistência e presença em suas vidas, dando o nome de José a seus filhos. Colocam o nome de José em estabelecimentos comerciais, em ruas, avenidas, cidades e até capitais de países, como é o caso de San Jose de Costa Rica ou cidades brasileiras: São Jose dos Campos, São Jose dos Pinhais.

Ele continua a despertar em cada um de nós o cultivo do silêncio interior e o desejo de sempre buscar e encontrar a vontade de Deus. Ensina-nos a valorizar e a amar a família e nos mostra que o homem e a mulher que procuram trilhar os caminhos de Deus são felizes e que e os filhos são um milagre dos céus, porque até Deus quis viver numa família humana.

“São José não falha”, dizem os antigos devotos desse varão justo, trabalhador e chefe de família que se santificou exercendo com fidelidade e amor a sua vocação matrimonial. Acredito que, aqueles que se dispuserem a meditar sobre esta figura bíblica, encontrarão pistas de como ser pai, esposo, trabalhador e homem de fé, neste nosso mundo, marcado pelo indiferentismo, o hedonismo e o materialismo.

Não conheço caso algum de que alguém que tenha recorrido à intervenção e patrocínio desse grande patriarca não tenha sido pronta e milagrosamente atendido. Afinal, se Deus confiou-lhe a guarda de seus dois maiores tesouros, Tenhamos sempre nos lábios e no coração, em qualquer momento de tribulação, na luta de cada dia, a preciosa invocação: “Valei-me, São José”. Sua resposta não se faz esperar.

Eis aqui uma saudação que poderá ser rezada ao longo do dia: Salve, José, agraciado por Deus, o Senhor é convosco. Bendito sois vós entre os homens e bendito é o fruto do vosso piedoso coração, Jesus. São José, pai adotivo de Jesus, olhai e cuidai de nós, agora e na hora de nossa morte santa. Amém.

* Padre Luiz Roberto Teixeira Di Lascio é fundador da Fraternidade Peregrinos de São José.



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves