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O equilíbrio da palavra dita e ouvida

O equilíbrio da palavra dita e ouvida

15/03/2018 Ziza Fernandes

“Tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus” (Fl 2,5)

Já ouvi vozes adocicadas, plenas de mel e de exagerada ternura, e que provocaram aquela revirada de olhos, semelhante a quando experimentamos um doce melado de açúcar: não cai bem.

A rejeição é imediata, ainda que sejamos bem treinados nessa cultura do politicamente correto, a disfarçar nossos sentimentos. Doce demais não se ajusta nem com pimenta nem com limão: está doce e pronto.

Também já ouvi vozes inflamadas de ódio, almas aos “berros”, feito trovões descontrolados, e os sentimentos lançados sobre os demais: por falta de controle de si, exige-se o controle do outro à força bruta e vociferada.

Essas pessoas causam medo e realmente expressam “sangue nos olhos”. Delas corremos! Entre uma e outra, não saberia dizer o que é melhor; mas sim que ambas são formas ruins para se conviver e se buscar paz nas relações.

O que eu prefiro: a braveza exposta do que a bondade falsa, é claro. Mas nada justifica a primeira, muito menos a segunda; pois a violência na palavra e a agressão verbal nem sempre vêm vestidas de expressão agressiva.

A palavra sórdida e elaborada na maldade também pode ser dita banhada de mel e ainda assim causar um estrago psicológico imenso. O modelo máximo e único de equilíbrio com a palavra, mesmo em circunstâncias de máxima violência, agressão e perigo de morte, é o Cristo.

Por isso, essa passagem bíblica que me convida a buscar os mesmos sentimentos dos quais Ele esteve movido não é um convite para ser uma pessoa “bobinha” ou “boazinha”; ao contrário, para ter em mim uma firmeza fincada na caridade, ao ponto de ponderar minhas palavras e escolhê-las bem; refrear minhas reações e domar meu temperamento, tendo como base e referência, o temperamento de Cristo.

Sua forma de falar com as pessoas não carecia nem de sal e nem de açúcar: era na medida. Sua firmeza não era disfarçada e seu amor era sempre assumido, revestido de verdade e respeito.

Que o mel que há em mim se equilibre; que o animal que me habita se acalme; que nenhuma violência saia de meus lábios e que eu nunca perca a firmeza que me leva a viver na verdade. Eis o equilíbrio da palavra dita e ouvida: viver com verdade, dizer a verdade e ouvir na verdade; pois o que ainda em mim é sombra, virá à luz pela graça de Deus!

* Ziza Fernandes é musicoterapeuta, cantora, compositora e autora.



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