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O Governo está agonizando

O Governo está agonizando

07/04/2016 Bady Curi Neto

Enchafurdado na lama da corrupção até o pescoço, faltando pouco para submergir e sessar a respiração.

A cúpula do Governo e pessoas a ele ligadas, a exemplo do ex-presidente Lula, que antigamente gozavam de reputação ilibada, antes recebidas com aplausos por onde passavam, hoje vivem à sombra não podendo frequentar lugares públicos, sob pena de serem vaiados e hostilizados pela população.

Não estamos generalizando, dentro do Partido há homens sérios e probos, dignos de serem chamados representantes de seus eleitores. Porém, desde o início da operação Lava- Jato, com apuração de desvios de dinheiro público para benefícios da cúpula do Governo Federal e partidos que compunham a base aliada se viram reféns de seus desvios de conduta, expressão empregada por eles para a corrupção.

Durante a investigação e o processo criminal, vários empresários, em delação premiada, acusaram que as doações realizadas para campanha eleitoral não eram efetivadas de forma espontânea, mas frutos de desvios de dinheiro da Petrobras, viciando o processo eleitoral.

Foram presos, donos das principais empreiteiras do país, doleiros, políticos, o ex- Tesoureiro do Partido dos Trabalhadores e um Senador da República, então líder do governo no Senado. A complexa e intrigada investigação alcançou o ex-presidente Lula, que chegou a ser conduzido coercitivamente para prestar depoimentos para Polícia Federal.

Somado a todos estes problemas, a Presidente da República vê seu processo de Impeachment a todo vapor na Câmara dos Deputados, em razão das famosas “pedaladas fiscais”. Vazaram conversas entre Dilma e Lula, em escutas autorizadas pela justiça, onde a Presidente diz estar enviando um documento para o seu padrinho político, para ser utilizado em caso de necessidade.

Tal documento, que era um termo de posse de Ministro da Casa Civil, foi entendido como salvo conduto para que, acaso fosse decretado a prisão do Lula por ordem do Juiz Sergio Moro, a PF não pudesse cumprir a ordem uma vez que o empossado passaria a ter foro privilegiado.

Outras conversas do ex-presidente, menos republicanas, onde além de pedir interferência em julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, diz que os Tribunais Superiores (STJ e STF) se acovardaram, talvez por não entender que em um Estado Democrático de Direito os poderes são independentes e os membros destes Tribunais não agradecem a indicação do cargo com decisões judiciais.

A indicação do ex-presidente a Ministro da Casa Civil, para sua atuação como articulador político, na tentativa de segurar partidos da base aliada contra o Impeachment não surtiu efeito. O PMDB, maior partido da base aliada, por aclamação abandonou o Governo, fortalecendo as chances do processo de Impedimento.

Com todos estes fatores, acrescidos à pressão popular, a reversão do Impeachment parece ser impossível, mesmo sabendo que este processo não guarda relação à operação Lava-Jato ou com a crise econômica, pois o Legislativo julga crime de responsabilidade definidos na CF/88, cometido pela Presidente no exercício de sua função.

* Bady Curi Neto é advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).



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