Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O que fazer para arrumar dinheiro com urgência?

O que fazer para arrumar dinheiro com urgência?

13/01/2016 Lélio Braga Calhau

Comentar com outras pessoas sobre o aperto financeiro não é uma experiência agradável.

Dói compartilhar as angústias de ter contas chegando e não haver dinheiro em caixa para quitá-las. Quem conhece o “trauma” de ter um cheque devolvido por falta de fundos?

A sensação de tristeza nos avassala nessas situações. É um sentimento de impotência, uma frustração enorme e dolorosa com o resultado de decisões financeiras anteriores precipitadas ou feitas, em alguns casos, com indicações de pessoas mal intencionadas e que se revelaram, após meses ou anos, desastrosas.

Isso pode afetar a todos nós. Basta uma compra mal avaliada, como um financiamento de veículo, ou um comportamento compulsivo de compras à médio prazo, para se instalar uma pandemônio na vida do devedor e de toda sua família.

Temos, então, que nos “policiar” sempre para que nosso equilíbrio financeiro seja mantido. E se temos família para tomar conta, esse cuidado não deve ser só redobrado; deve ser muito mais intenso. Eu sempre ouvia pessoas próximas comentando casos assim.

Todos nós conhecemos alguns, ou que ocorreram em nossas vidas, ou com amigos e familiares. Ultimamente está acontecendo algo mais doloroso comigo. Pelo fato do nosso trabalho de divulgar a educação financeira e os direitos dos consumidores estar ficando mais conhecido, tenho sido abordado por pessoas na minha cidade, nos fóruns e em eventos do meio jurídico, que se encontram muito endividadas.

Há gente endividada com todo o tipo de renda. Para muitos, a queda surgiu por conta do elevado padrão de consumo, para outros, com nomes mais diversos e motivos mais confusos, a ostentação, a “curtição”, o compromisso único com o presente em detrimento do futuro.

Esses são apenas alguns dos exemplos. Lancho numa pequena padaria perto da minha casa. É um “pastel de vento” de queijo e um refrigerante. Sei que a combinação não é saudável, mas é simples e remete à minha infância.

Eu estou ali sentado e quase sempre é do mesmo jeito. As pessoas se aproximam e pedem conselhos financeiros. Vejo nos olhos deles a frustração e a dor de terem colocado a família em uma situação de grave endividamento.

É triste ver isso nos olhos das pessoas. Alguns estão marejados, outros escondem a dor e a vergonha de estarem com dívidas não honradas. Ao contrário do que se ventila, há muita gente honrada neste mundo e há pessoas em desespero por conta de estarem quase “quebradas”.

Como promotor de justiça posso fazer muito pouco, já que o Ministério Público não atua judicialmente nesses casos, mas como ser humano, ouço e recomendo que as pessoas procurem advogados, contadores (ajudam muito a calcular novas possibilidades) ou defensores públicos.

Pense muito antes de fazer um gasto fora da sua realidade. Juventude passa, dinheiro voa e os “amigos” somem. Muita gente que ostentava há 20 ano, ou até menos, está hoje na rua da amargura. Sozinho. Se você foi colhido nessa situação de forte endividamento, não se entregue.

Levante a cabeça. Vai dar trabalho, mas procure especialistas e renegocie. Troque dívidas por outros empréstimos mais baratos. Analise as taxas de juros e opte sempre pelas mais baixas. Quite ou amortize as dívidas. Como?

De várias formas. Uma delas é vender coisas que já não lhe são mais úteis. Tenho certeza que você tem roupas, um celular, computador ou até uma TV que já não usa mais. Que tal vender esses itens e levantar um dinheiro com o que você já não precisa mais? Há famílias que organizam bazares na garagem para se livrarem do que não usam.

Ganham dinheiro e mais espaço em casa. Outra sugestão é fazer bicos. Encontrar uma atividade paralela fora do horário de trabalho pode dar aquela folga no orçamento. Possibilidades existem milhares. Você pode ser ajudante de pedreiro, de pintor, diarista ou até mesmo fazer artesanatos ou chocolates para complementar a renda.

O mais importante é não se abater, nem desanimar diante das dificuldades. Os chineses dizem que crise abre portas para oportunidades. Toda crise em que me envolvi na vida, de algum modo me serviu para crescimento e amadurecimento.

Saí muito mais forte depois de eventos financeiros negativos do passado. Não desanime e respeite o ditado popular de que “o dinheiro não aceita desaforo”. Sua família vai lhe agradecer sempre!

* Lélio Braga Calhau é Promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais.



Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A poderosa natureza

O dinheiro é um vírus que corrompe tudo e quando a pessoa se “infecta”, dificilmente se livra.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra