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Otimização matemática para a saúde pública

Otimização matemática para a saúde pública

30/10/2012 Giovane Cesar

O sistema de saúde, tanto público quanto privado, é imprescindível em qualquer parte do globo e em qualquer situação econômica e social.

Devido à necessidade de se fazer uma grande quantidade de atendimentos, consultas e cirurgias para os mais diversos tipos de enfermidades, fatias consideráveis do PIB de vários países são direcionadas à saúde. No Brasil, esse número é de 8%.

Os problemas da saúde pública no Brasil são amplamente conhecidos. O sistema carece de profissionais em todos os níveis e, principalmente, de uma gestão mais eficiente e focada. Não são raras as notícias de falta de atendimento por vários motivos como ausência de profissionais, leitos ou medicamentos. A gestão ineficiente fica clara quando vemos notícias de medicamentos descartados por passarem da data de validade ou por armazenamento incorreto. O sistema privado também tem seus problemas, mas em menor escala quando comparados ao sistema público.

Um grande diferencial é que o sistema privado não tem tanta facilidade de estourar o orçamento como o sistema público, por isso, são comuns as falências de planos de saúde e hospitais. A otimização matemática pode ser um grande aliado para diminuir parte dos problemas dos sistemas de saúde público e privado. Essa ferramenta pode ser utilizada em vários níveis de gestão e operação para minimizar os custos e maximizar os atendimentos e benefícios para a população.

Dentro dos hospitais, a otimização é de grande valia, pois pode ser utilizada para fazer uma escala eficiente de médicos e enfermeiros a fim de colocar os profissionais certos em horários mais adequados e, assim, maximizar os atendimentos sem sobrecarregar a equipe. Dessa forma, otimiza-se o atendimento em geral, reduzindo os custos com horas extras e melhorando a qualidade de vida dos profissionais.

Outra utilidade é a alocação de leitos para maximizar os atendimentos e minimizar os deslocamentos e as contaminações. Na gestão em geral, a otimização matemática também pode apresentar grandes benefícios. Como grande parte do orçamento é destinada a compra e armazenamento de medicamentos e utensílios descartáveis, o sistema pode auxiliar indicando as melhores decisões de compra, escolhendo os fornecedores de acordo com seus descontos e atendimento à demanda, definindo os locais de armazenamento correto levando em consideração as necessidades específicas e, principalmente, indicando as quantidades corretas de compra para minimizar os desperdícios.

Apesar dos grandes investimentos – ainda que pontuais – em infraestrutura de tecnologia de informação como business analytics e business inteligence, muitos gestores e analistas não sabem o que fazer com essas informações tão ricas e detalhadas. Entretanto, quanto mais precisas forem as informações, mais perfeitas serão as decisões.

Utilizadas de forma eficiente, a tecnologia fornece dados para decisões inteligentes de gestão e administração. Quando ferramentas – como BI – já estão implantadas, a otimização matemática passa a ser ainda mais útil.  Com essa sinergia é possível até mesmo identificar as correlações entre as enfermidades e suas tendências de crescimento e decrescimento, tirando vantagem dessas informações para tomar as decisões mais acertadas para planejamento futuro.

Evitam-se, assim, surpresas ruins. Este é apenas mais um cenário em que a otimização matemática pode gerar grandes resultados para as empresas, seja em aumento de produtividade quanto em redução de custos. Com a crescente necessidade de aumento contínuo da eficiência operacional, as empresas que investirem nesse tipo de ferramenta terão um forte aliado para ganhar mercado e tomar melhores decisões de gestão e planejamento.

Giovane Cesar é gerente consultor sênior de otimização na eWave do Brasil. Já atuou em grandes empresas como o banco Itaú e a America Latina Logística – ALL.



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