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Psicopedagogia por uma Sociedade Aprendente

Psicopedagogia por uma Sociedade Aprendente

25/10/2016 Luciana Barros de Almeida

A sociedade atual passa por revoluções diversas, incluindo-se os meios de informação, midiáticos e tecnológicos.

Todos os dias somos invadidos com novas informações e novas maneiras de absorver e aprender, influenciando diretamente em todos as esferas da vida, desde o pensar, o agir, o ensinar e o aprender.

Num momento em que a capacidade de aprender é cada vez mais importante nas interações que estabelecemos e que o conhecimento se torna um recurso social determinante, a escola torna-se ainda mais relevante ao propiciar oportunidades para que os alunos descubram a capacidade que o conhecimento tem de transformar a realidade e resolver problemas e criar outras alternativas possíveis.

Essa é a sociedade aprendente. O termo aprendente foi cunhado pela psicopedagoga argentina, Alicia Fernàndez, uma grande influenciadora da psicopedagogia no Brasil. Os conceitos de aprendentes e também de ensinantes não são sinônimos de aluno e professor e sim a posicionamentos subjetivos/objetivos singulares frente ao conhecimento, ultrapassando o âmbito escolar, mas que podem se referir na linguagem cotidiana à função de ensinar e/ou de aprender.

Na visão de Alicia, para que seja possível a aprendizagem, é necessário que quem aprende conecte-se mais com seu sujeito ensinante e quem ensina conecte-se mais com o sujeito aprendente, ou seja, aquele que está aprendendo deve poder mostrar suas ideias, opiniões e hipóteses sobre o que está aprendendo, enquanto quem ensina deve reconhecer que o outro, ao mostrar o que sabe, também o ensina.

Esse momento dessa sociedade da informação gerou muitas mudanças sociais que impactam o desenvolvimento de um modo geral, que exigem modificações das escolas em relação à estratégia e, automaticamente, mudanças na família e no ambiente em que vivemos.

De que forma os profissionais da educação, sejam eles psicopedagogos, professores, pedagogos ou psicólogos educacionais, podem intervir para favorecer o desenvolvimento dessas crianças e jovens nessa sociedade aprendente?

O papel desses profissionais da educação é manterem-se conectados com os novos elementos que o mundo propõe para essa sociedade percebendo e de que forma essas crianças e jovens estão interagindo com esses novos elementos.

Esse profissional será o mediador entre esses elementos sociais e a capacidade do sujeito em articular isso, ou seja, buscar o equilíbrio entre o sujeito e o objeto de conhecimento. Estes profissionais que compõem uma equipe multidisciplinar tem diferentes posicionamentos cada um do seu lugar e do seu espaço de saber apropriado precisam assegurar a integralidade do ser aprendente, portanto neste novo contexto da sociedade aprendente, o conhecimento torna-se um imperativo de convivência, por isso hoje é inconcebível reduzir a educação escolar tão somente a conhecimentos acumulados, tem-se a necessidade de avaliar e intervir para e transformar a educação escolar em experiências saudáveis de aprendizagem.

Percebe-se que diante da multiplicação dos diferentes modos de conhecimento ainda é premente a cultura da humanização nas relações compartilhadas entre alunos e professores e as novas formas de ensinar e de aprender, além das influências genéticas sobre o sujeito da aprendizagem, considerando-se também o ambiente em que vive.

Acompanhar e entender estas mudanças constitui um exercício desafiador e essencial para os diversos profissionais da educação. Por conta disso, esse será o cerne do IV Simpósio Internacional de Psicopedagogia desse ano. Esperamos que novas ideias, pensamentos e experiências possam nos levar para caminhos e visões que contribuam para que a educação progrida e haja crescimento e evolução constantes para alcançarmos uma sociedade melhor.

* Luciana Barros de Almeida é Presidente do Conselho Nacional da ABPp – Associação Brasileira de Psicopedagogia.



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