Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Quando a esquerda sobrevive das palavras

Quando a esquerda sobrevive das palavras

24/07/2018 Fernando Rizzolo

No Brasil a esquerda sempre utilizou das argumentações bem pensadas, antes de colocá-las em prática.

Acredito que, entre todos os textos que escrevi até hoje, nunca tenha me debruçado sobre o porquê de a retórica esquerdista haver sobrevivido e ter sido tão atrativa na história do mundo como foi na América Latina.

Hoje, graças a uma insônia, comecei a refletir não sobre a disputa eleitoral que estamos já vivenciando, tampouco sobre seus candidatos, mas fiz uma profunda análise, se é que isso pode ser chamado de análise, ou observação, em relação ao que mais me fascina no mundo da retórica esquerdista na defesa de seus “ideais”, sempre como costumamos dizer, repletos de “segundas intenções”.

É realmente interessante, e explica muito os motivos da engenhosa postura da esquerda no mundo, sua astúcia na impregnação de conceitos nas lacunas da sociedade que me parece às vezes “pega de surpresa”, pois esses intelectuais esquerdistas sempre se anteciparam em lograr argumentos para manipular, em ambiente fértil, no qual os incautos poderiam enfim se aliar a suas causas.

Thomas Swell é um economista norte-americano, crítico social, filósofo político e autor liberal conservador. Nasceu na Carolina do Norte, mas cresceu em Harlem. Graduou-se em Economia na Universidade de Harvard em 1958 e depois fez mestrado em economia pela Universidade de Columbia. Como intelectual e negro, sempre foi contra as ações afirmativas, e seus textos são de uma genialidade ímpar ao fazer uma exegese do pensamento retórico esquerdista no decorrer dos anos desde o século XVIII.

No Brasil a esquerda sempre se utilizou das argumentações bem pensadas, antes de colocá-las em prática. Uma das curiosidades é que o PT, por exemplo, assim como os demais partidos de esquerda – que na verdade nunca foram de esquerda, pois nunca existiu uma direita forte no Brasil –, sempre se referiu a seus adversários como “Conservadores”.

Essa era a palavra mais usada e em palanques diziam que o “conservadorismo estava arraigado no Brasil”, que as “atitudes conservadoras” eram culpadas pela miséria, que banqueiros conservadores usurpavam os pobres, e assim por diante, num país em que o Conservadorismo nunca existiu!

Só hoje, em 2018, é que os conservadores mostram sua cara, falam o que pensam, defendem suas ideias e seus ideais, demonstrando coragem e indignação pelo fato de a esquerda haver destroçado nosso país com a corrupção, a ladroagem e a politicagem, saqueadoras do erário público.

Portanto, desde que surgiram os Conservadores no Brasil, a esquerda jamais voltou a usar o termo conservador para desqualificar adversários, como outrora fazia, pelo simples fato de que hoje se materializou o Conservadorismo no Brasil, e então teriam que debatê-lo.

Desmascarar as táticas da esquerda sempre foi um trabalho muito bem elaborado pelo conservador Thomas Swell, falar sobre pobres, gays, índios, jogar ricos contra pobres, exaltar a ideologia de gênero, agora uma tímida defesa da pedofilia, ser radicalmente a favor do desarmamento, em justificativas agregadas de elementos pseudointelectuais, preenchendo lacunas setoriais numa arrogância de se alçarem “pensadores do bem”; esta é a tática de se mostrar culta, pensadora e inovadora em meio a uma cultura pobre de pensamento, colocando-se como a dona da verdade, fazendo dos incautos vítimas de seus desígnios mais espúrios, usando a democracia e a liberdade para implantar uma ditadura implacável.

Por isso, candidatos conservadores que existem de verdade hoje no Brasil e no mundo, como Trump, desestabilizam os argumentos frágeis nas convicções ideológicas esquerdopatas na estratégia de tomada dos poderes.

E para finalizar, amigos, e voltar a dormir, pois escrevo de madrugada, lembro-me de uma famosa frase de Swell ao se referir à liberdade: “A liberdade custou muito sangue e sofrimento para ser renunciada por uma retórica tão barata”. E como tudo que é barato se prolifera, o custo do Conservadorismo é ainda alto num país em que ele só agora surge.

* Fernando Rizzolo é Advogado, Jornalista, Mestre em Direitos Fundamentais, Professor de Direito.

Fonte: Fernando Rizzolo



Eleições para vereadores merecem mais atenção

Em anos de eleições municipais, como é o caso de 2024, os cidadãos brasileiros vão às urnas para escolher prefeito, vice-prefeito e vereadores.

Autor: Wilson Pedroso


Para escolher o melhor

Tomar boas decisões em um mundo veloz e competitivo como o de hoje é uma necessidade inegável.

Autor: Janguiê Diniz


A desconstrução do mundo

Quando saí do Brasil para morar no exterior, eu sabia que muita coisa iria mudar: mais uma língua, outros costumes, novas paisagens.

Autor: João Filipe da Mata


Por nova (e justa) distribuição tributária

Do bolo dos impostos arrecadados no País, 68% vão para a União, 24% para os Estados e apenas 18% para os municípios.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Um debate desastroso e a dúvida Biden

Com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro deste ano, realizou-se, na última semana, o primeiro debate entre os pleiteantes de 2024 à Casa Branca: Donald Trump e Joe Biden.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Aquiles e seu calcanhar

O mito do herói grego Aquiles adentrou nosso imaginário e nossa nomenclatura médica: o tendão que se insere em nosso calcanhar foi chamado de tendão de Aquiles em homenagem a esse herói.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Falta aos brasileiros a sede de verdade

Sigmund Freud (1856-1939), o famoso psicanalista austríaco, escreveu: “As massas nunca tiveram sede de verdade. Elas querem ilusões e nem sabem viver sem elas”.

Autor: Samuel Hanan


Uma batalha política como a de Caim e Abel

Em meio ao turbilhão global, o caos e a desordem só aumentam, e o Juiz Universal está preparando o lançamento da grande colheita da humanidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


De olho na alta e/ou criação de impostos

Trava-se, no Congresso Nacional, a grande batalha tributária, embutida na reforma que realinhou, deu nova nomenclatura aos impostos e agora busca enquadrar os produtos ao apetite do fisco e do governo.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O Pronto Atendimento e o desafio do acolhimento na saúde

O trabalho dentro de um hospital é complexo devido a diversas camadas de atendimento que são necessárias para abranger as necessidades de todos os pacientes.

Autor: José Arthur Brasil


Como melhorar a segurança na movimentação de cargas na construção civil?

O setor da construção civil é um dos mais importantes para a economia do país e tem impacto direto na geração de empregos.

Autor: Fernando Fuertes


As restrições eleitorais contra uso da máquina pública

Estamos em contagem regressiva. As eleições municipais de 2024 ocorrerão no dia 6 de outubro, em todas as cidades do país.

Autor: Wilson Pedroso