Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Reforma Previdenciária

Reforma Previdenciária

01/06/2017 Fernando Pinho

Ainda há muitos questionamentos que precisam ser esclarecidos para a população.

As tratativas políticas relativas às propostas de mudanças nas regras previdenciárias mais confundem do que esclarecem a população, de modo geral, pois há um número inimaginável de congressistas e senadores, tratando do assunto, que sabem pouco ou nada do mesmo, dada a pouca familiaridade em interpretar números.

Há relatos de políticos muito capacitados em finanças, que afirmam ter presenciado casos de colegas assinando documentos que tratam de assuntos relevantes para o país sem lerem a íntegra dos mesmos.

A baixa qualidade dos debates tem sido um fator de repulsa à ideia, independentemente da necessidade ou não da Reforma. Amadorismo puro e irresponsabilidade. Grupos fortíssimos como sindicatos e associações de funcionários públicos têm feito pressão para que as regras da Previdência fiquem como estão, continuando a gerar fortes desequilíbrios nas Contas Públicas e perpetuando injustiças, obrigando o restante da população a continuar financiando indecorosas aposentadorias, em detrimento do conjunto.

O cidadão comum pergunta: será que essa Reforma é realmente necessária? Quais os benefícios reais dessas mudanças para as gerações atuais e futuras? A mesma será suficiente para tornar o sistema autofinanciável? Qual a periodicidade das futuras Reformas?

Os últimos estudos sérios elaborados a respeito do assunto contemplam pesquisas com jovens na faixa de 18 a 30 anos e revelam dados interessantes. Um número expressivo de entrevistados manifesta o desejo de trabalhar por conta própria e contribuir o mínimo possível com a Previdência Estatal, enquanto outros vão evitar o pagamento da referida e optarão por Previdência Complementar.

Simplesmente não querem confiar os respectivos futuros ao governo, pois não há mais confiança nos políticos. Há também jovens que, por estarem tendo um padrão educacional de alto nível, em escolas diferenciadas, não querem compromissos em ficar no Brasil e por isso também não têm interesse em vincular-se ao INSS.

Afinal, motivos não faltam para viver em países com futuro já delineado. Há muitas indagações e poucas respostas plausíveis. O momento demanda serenidade na análise do problema, até porque altas autoridades estão seriamente comprometidas moralmente em falcatruas e, a qualquer momento podem ser retiradas dos respectivos cargos, tornando ainda mais instável a base de apoio político a Temer, duramente conquistada pelo velho sistema do clientelismo político, troca de verbas e cargos por aprovação das Reformas.

Prática abjeta que levou o país à situação atual. Portanto, não há ainda motivos concretos para acreditar que uma possível reforma da Previdência possa tornar-se uma alavanca para o pleno desenvolvimento do Brasil, pois a mesma pode não ocorrer.

Em adição aos elementos complicadores, há a forte possibilidade de cassação da chapa Dilma-Temer, o que pode acarretar a antecipação das eleições marcadas para 2018. Dúvidas não faltam. Portanto, máxima atenção ao noticiário visando evitar problemas e aproveitar boas oportunidades de negócios que esses episódios proporcionam.

* Fernando Pinho é economista, palestrante e consultor financeiro da Prospering Consultoria.



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves