Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Suspresas

Suspresas

27/01/2018 Francisco Haberman

Estas primeiras semanas do ano são de sustos.

Os primeiros chegam via correio, os carnês, os impostos, as cobranças; mas há os que chegam pela internet e a estes se acrescentam as dúvidas. São sustos verdadeiros ou falsos? Há evidência demonstrada ou são invenções interesseiras?

Nessa rotina moderna ou dos que se dizem modernos, consideramo-nos atualizados. Mas ando desconfiado que essa circunstância gere mais ansiedade estéril do que satisfação evolutiva ou de progresso individual. Tira de nós o que os entendidos em psicologia humana chamam de tranquilidade interna, a conhecida e tão almejada paz de espírito.

Essa, dizem, é a condição básica reflexiva para se evitar desonestidade ou cometer falcatruas com prejuízo coletivo. Percebi isso com a chegada de uma mensagem eletrônica. Veio encaminhada por leitor de Leme, interior do Estado de S.Paulo, que me fez a gentileza de enviar delicioso vídeo onde surge uma criança. Sim, uma criança de uns quatro anos, não mais que isso, dando explicações com simplicidade impressionante.

Com traços fisionômicos orientais, falando inglês, descreve carinhosamente sobre o que ela pensa a respeito do nosso comportamento adulto na busca da tão almejada felicidade e paz. Uma surpresa. Explica que nossa ansiedade é produto da incompreensão e da pressa em obter resultados. Esclarece que compreender é lento na vida, pois nada se consegue imediatamente.

Não recomenda enganar, ser desonesto ou ludibriar. Dá o exemplo de seu irmãozinho menor que não sabe ainda usar a privada; acredita que ele vai aprender, sim, mas só após treino sob rigoroso controle. Ao final, faz um alerta: a fé no trabalho honesto não dispensa a vigilância – o que evita surpresas desagradáveis para todos. Com a belíssima aula recordou conceitos que geram estabilidade emocional tanto para o indivíduo como para coletividade.

Falando nisso, penso na população brasileira que precisa de paz, não mais de sustos para sair do atoleiro econômico, ético, político e social em que nos encontramos. A propósito, um conjunto humano como a dos sofridos brasileiros – os honestos, dignos, esperançosos e eternos pagantes – não merece levar mais um susto na próxima semana, com notícias vindas do Tribunal Regional Federal de Porto Alegre-RS. Sem contar outras surpresas que poderão vir de Brasília-DF.

Aquela criança angelical do vídeo poderá nos dizer: eu avisei...!

* Francisco Habermann é professor da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu.



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves