Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Tecnologias digitais são capazes de controlar epidemias?

Tecnologias digitais são capazes de controlar epidemias?

08/07/2016 Claudio Muruzabal

Não há dúvida que a inovação dessa nova era do digital está do nosso lado.

Temos em nossas mãos, atualmente, uma histórica oportunidade: produzir um avanço forte e sustentável na saúde da população da América Latina.

Isso porque já está disponível, e sendo utilizada com sucesso em várias partes do mundo, uma inovação tecnológica que pode controlar epidemias.

O que está faltando, então, para tornar realidade na América Latina essa possibilidade? De um lado, é a velha dificuldade de capturar e organizar dados para depois analisar e agir em tempo real.

De outro lado, é a falta de capacidade de converter processos e trabalhar em conjunto com governos e agências de controle para modernizar as regras e adaptá-las ao novo cenário digital.

Em junho, tive a oportunidade de participar de um painel chamado "Garantindo a saúde do continente" durante o Fórum Econômico Mundial sobre América Latina, realizado em Medellín, na Colômbia.

Discutimos precisamente a necessidade de aplicar a tecnologia para assegurar a saúde na região. Nos últimos três anos, a América Latina teve um grande avanço na transformação digital das empresas mas, no entanto, ainda há um longo caminho para ser percorrido na área da saúde pública, especialmente quando algumas economias locais têm sido impactadas negativamente.

A boa notícia é que, em toda a América Latina, as agências estão conscientes do valor de analisar grandes volumes de dados e estão avaliando como aplicar a inovação tecnológica para enfrentar os desafios de epidemias como as da zika, chikungunya e dengue, entre outras.

A preocupação tem fundamento. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), foram registrados cerca de 700 mil casos de chikungunya na América Latina, e se estima que aproximadamente 4 milhões de pessoas na região estão arriscadas a contrair zika em 2016.

Nesse cenário, empresas ligadas à inovação podem desempenhar um papel importante. A SAP, por exemplo, já atuou em 2014 na gestão do controle do vírus ebola na África. Agora, a intenção é usar essa mesma solução tecnológica na América Latina.

No caso da epidemia do ebola, surgiram desafios complexos, tais como o controle de uma doença facilmente transmissível, que crescia exponencialmente e se espalhava por regiões geográficas diferentes. Era imprescindível ter uma estratégia de prevenção e estabelecer meios precisos para avaliar a dispersão.

Diante da ameaça de uma nova epidemia na Nigéria, em 2014, a SAP uniu forças com várias organizações da área de saúde e desenvolveu o SORMAS (Surveillance Outbreak and Response Management System, sistema de gestão de resposta e controle de surtos).

Essa solução, executada sobre a plataforma SAP HANA, e que conta com um aplicativo móvel, é capaz de ajudar a identificar infecções emergentes e casos suspeitos e compartilhar informações em tempo real, para acelerar a tomada de decisão.

A ferramenta foi um sucesso e ajudou a reduzir drasticamente os riscos na Nigéria. Atualmente, a SAP trabalha com vários governos da América Latina para avaliar como aplicar o SORMAS no controle de epidemias como a da zika.

Essas iniciativas são um exemplo de como a transformação tecnológica pode unir governos, empresas associadas ao setor de saúde e o setor privado para gerar um impacto substancial na saúde dos nossos cidadãos. Não há dúvida que a inovação dessa nova era do digital está do nosso lado.

É hora de unir esforços para, todos juntos, construir um mundo mais saudável.

* Claudio Muruzabal é Presidente da SAP América Latina e Caribe.



Eleições para vereadores merecem mais atenção

Em anos de eleições municipais, como é o caso de 2024, os cidadãos brasileiros vão às urnas para escolher prefeito, vice-prefeito e vereadores.

Autor: Wilson Pedroso


Para escolher o melhor

Tomar boas decisões em um mundo veloz e competitivo como o de hoje é uma necessidade inegável.

Autor: Janguiê Diniz


A desconstrução do mundo

Quando saí do Brasil para morar no exterior, eu sabia que muita coisa iria mudar: mais uma língua, outros costumes, novas paisagens.

Autor: João Filipe da Mata


Por nova (e justa) distribuição tributária

Do bolo dos impostos arrecadados no País, 68% vão para a União, 24% para os Estados e apenas 18% para os municípios.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Um debate desastroso e a dúvida Biden

Com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro deste ano, realizou-se, na última semana, o primeiro debate entre os pleiteantes de 2024 à Casa Branca: Donald Trump e Joe Biden.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Aquiles e seu calcanhar

O mito do herói grego Aquiles adentrou nosso imaginário e nossa nomenclatura médica: o tendão que se insere em nosso calcanhar foi chamado de tendão de Aquiles em homenagem a esse herói.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Falta aos brasileiros a sede de verdade

Sigmund Freud (1856-1939), o famoso psicanalista austríaco, escreveu: “As massas nunca tiveram sede de verdade. Elas querem ilusões e nem sabem viver sem elas”.

Autor: Samuel Hanan


Uma batalha política como a de Caim e Abel

Em meio ao turbilhão global, o caos e a desordem só aumentam, e o Juiz Universal está preparando o lançamento da grande colheita da humanidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


De olho na alta e/ou criação de impostos

Trava-se, no Congresso Nacional, a grande batalha tributária, embutida na reforma que realinhou, deu nova nomenclatura aos impostos e agora busca enquadrar os produtos ao apetite do fisco e do governo.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O Pronto Atendimento e o desafio do acolhimento na saúde

O trabalho dentro de um hospital é complexo devido a diversas camadas de atendimento que são necessárias para abranger as necessidades de todos os pacientes.

Autor: José Arthur Brasil


Como melhorar a segurança na movimentação de cargas na construção civil?

O setor da construção civil é um dos mais importantes para a economia do país e tem impacto direto na geração de empregos.

Autor: Fernando Fuertes


As restrições eleitorais contra uso da máquina pública

Estamos em contagem regressiva. As eleições municipais de 2024 ocorrerão no dia 6 de outubro, em todas as cidades do país.

Autor: Wilson Pedroso