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Trump vai mesmo botar pra queimar?

Trump vai mesmo botar pra queimar?

25/11/2016 Marcos de Sousa

Uma coisa é a campanha, outra coisa é o homem na cadeira presidencial da Casa Branca.

Ironia da história, Donald Trump vencia as eleições nos Estados Unidos exatamente quando representantes de todos os países do mundo estavam reunidos em Marrakech, no Marrocos, para discutir a redução das emissões dos gases de efeito estufa.

O encontro - COP 22 - marca o aniversário do acordo ajustado em Paris, em novembro de 2015, que prevê a gradativa eliminação dos combustíveis fósseis para a geração de energia e transportes. Em sua campanha, Trump declarava que o aquecimento global é uma lorota inventada pelos chineses e pelos "abraçadores de árvores".

E prometia não apenas seguir queimando petróleo, mas intensificar também o uso de carvão. Mais ainda, o futuro presidente também declarou que pretende estimular o desenvolvimento da indústria automobilística norte-americana, exatamente quando o mundo inteiro busca alternativas ao carro.

Para lembrar: os EUA são o segundo país do mundo (atrás apenas da China) em emissões de carbono. São cerca de 6 mil megatoneladas de CO2 por ano, dos quais 1.545 megatoneladas se devem à frota de carros, caminhões e ônibus.

Os dados, de 2015, são do U.S. Energy Information Administration (EIA). Não é crível que Trump seja capaz de abortar a participação dos Estados Unidos no acordo internacional, o que significaria a demolição de toda a negociação realizada até agora.

Como se sabe, uma coisa é a campanha, outra coisa é o homem na cadeira presidencial da Casa Branca, com toda a pressão social sobre seus ombros. Vamos ficar atentos. Ainda no cenário internacional, vale ler com atenção o relatório Cities Alive, Towards a walking world da empresa internacional de engenharia Arup, que mostra porque os gestores públicos contemporâneos devem investir na melhoria da caminhabilidade em suas cidades.

Exemplar é a iniciativa de Buenos Aires, que vai triplicar a área com restrição a carros no centro da cidade, estimulando a circulação a pé, de bicicleta e de transporte público. Outro exemplo está sendo dado por São Paulo, que vai ampliar o horário do Paulista Aberta, programa que reserva as pistas da avenida apenas a pedestres e ciclistas, todos os domingos.

Para quem acredita que essas políticas prejudicam a circulação nas cidades o economista e urbanista Frédéric Heran, da França, alega que quanto menos espaço as cidades dão para os carros, melhor eles podem circular. Paradoxal?

Confira a entrevista com o pesquisador e tire suas conclusões. Infelizmente, as velhas ideias do século XX continuam a nortear economias e políticas públicas na maioria das cidades do mundo, como mostram as especialistas Meli Malatesta e Sílvia Cruz, durante visita a Recife.

Em dois vídeos elas mostram que toda a infraestrutura urbana das cidades brasileiras foi desenhada para barrar as pessoas que querem sair a pé, dificultar as travessias de ruas, impedir sua liberdade de circular. São as pedras no caminho de quem anda, diria certo poeta Carlos, gauche da vida.

Para escapar desse circulo trump vicioso, vamos com outro poeta, o carioca Angenor (Cartola) de Oliveira: "Deixe-me ir, preciso andar, vou por aí a passear, Preciso me encontrar"...

* Marcos de Sousa é Editor do Mobilize Brasil.



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