Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Um momento para fazer nada

Um momento para fazer nada

17/07/2015 Merylin Franciane Labatut

O ritmo alucinado que temos vivido na última década, as infinitas oportunidades e exigências que o mundo globalizado e virtual nos tem possibilitado, têm produzido uma padronização de atividades que nossos filhos precisam e devem realizar.

Com a melhor das intenções, criamos agendas com inúmeros compromissos que acabam por sobrecarregar, frustrar e, infelizmente, ao meu ver, a pior das perdas: eliminamos o essencial e delicioso momento de fazer "nada".

Natação, defesa pessoal, segunda língua, piano, violão, capoeira, futebol, terceira língua... colocamos à disposição dos pequenos todas as possibilidades de sucesso, futuro brilhante e carreira profissional invejável que, na maioria das vezes, nós não tivemos e, acabamos assim, por projetar os nossos desejos - deixando que reais aptidões e habilidades que os nossos filhos possam realmente a vir apresentar um dia fiquem sufocados por tantas outras metas que devem realizar.

Durante a infância, é essencial termos o momento de fazer nada, pois é a partir dele que construímos as maiores teses sobre como dividir - seja o brinquedo ou o espaço -, o momento adequado de partilhar - seja o lanche ou o colo da professora -, entendemos que nossas atitudes podem machucar o amigo por dentro e por fora e como é importante saber que as minhas escolhas geram consequências para mim, para o outro e para o todo que me cerca.

Esse trabalho mais refinado para as reais possibilidades de desenvolvimento intelectual, social e comportamental das nossas crianças deve ser analisado e discutido por familiares e professores.

Na escola, é importante propor ações que possibilitem que os alunos tenham momentos de trabalhar com materiais desestruturados, como os elementos naturais, gravetos, pedras, terra, água, luz e também com os desestruturados concretos como tampas, caixas, botões, carretel, tecidos entre outros.

Dessa forma, a criança é estimulada a descobrir o que pode construir ou aprender em cada espaço, sem inúmeras interferências ou mediações do professor. O momento do fazer nada traz inúmeras possibilidades de descobrir o "tudo" - ou quase tudo.

Observamos que, ao propormos momentos nos quais as crianças possam fazer escolhas próprias e atraídas por temáticas que lhe causam interesse, encantamento ou curiosidade, a aprendizagem se dá de forma ampliada e produz verdadeiras oportunidades de desenvolvermos habilidades futuras que possam ser revertidas em conquistas, tanto profissional quanto pessoal.

As atividades esportivas e as culturais são bem vindas - melhor ainda se acontecerem na dosagem certa, com equilíbrio entre as necessidades da infância e o desejo em querer realmente realizá-las com encantamento, desafio e curiosidade, combustíveis essenciais para essa fase da vida.

* Merylin Franciane Labatut é gestora de educação infantil do Colégio Positivo.



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves