Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Voto é interesse. Não é direito, nem dever…

Voto é interesse. Não é direito, nem dever…

17/09/2020 Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

A partir desta quarta-feira (16), os mais de 5600 municípios brasileiros já conhecem os homens e mulheres que pretendem governá-los ou ser vereadores entre 01/01/2021 e 31/12/2025.

Terminou o prazo para os partidos apresentarem seus candidatos. No dia 27, os postulantes já poderão fazer propaganda pela internet, comitês e no corpo-a-corpo, respeitadas as limitações impostas pelo combate à Covid 19.

E, a partir do dia 9 de outubro, estará no ar a propaganda gratuita no rádio e na televisão. Por esses meios, seremos informados sobre quem pede nosso voto.

Por conta das mazelas descobertas no seio dos governos e do mundo legislativo – muitas delas transformadas em processo, condenações e até cadeia para os agentes públicos – o cidadão comum desenvolveu uma certa aversão aos políticos.

Isso é ruim porque a eleição é o único dia, a cada quatro anos, em que o cidadão pode interferir nos destinos do seu município, estado e do país.

E o faz votando naqueles que lhes pareçam com melhores condições e propostas para o exercício da função pública.

Quem abre mão disso está renunciando ao seu direito de participar e fica moralmente impedido de criticar o que não der certo. Por isso, é importante participar.

O desencanto com os políticos leva à discussão sobre o voto como direito ou obrigação. Na nossa modesta opinião, não é direito e nem obrigação, embora a lei eleitoral brasileira penalize com multa quem não comparece às urnas.

Numa análise mais firme, o voto é o interesse do cidadão. É através dele que conduzimos os candidatos de nossa preferência para governar e legislar.

Quem não vota fica à margem do processo e, teoricamente, tem de aceitar o escolhido pelo outros (que votaram).

Se sentir-se de alguma forma decepcionado com o candidato escolhido, o eleitor tem a alternativa de, na próxima eleição, não votar mais nele e nem em quem ele aconselhar.

No dia que o eleitor acabar com a inculta posição de odiar os políticos e por isso não participar do processo eleitoral, a tendência é que tudo melhore.

Os políticos deixarão os maus costumes na certeza de que, se continuarem errantes, serão colocados fora nas próximas eleições, e o próprio eleitorado ficará mais satisfeito.

O eleitor também deve se precaver com as aves de rapina da política, indivíduos que já foram cassados, estão inelegíveis, mas fazem campanhas para outros que, por analogia, podem ser tão corruptos como eles próprios mas ainda não tiveram o mau costume identificado.

No meio político costuma-se dizer que quem não gosta de política tem de se conformar com a idéia de ser governado pelos eleitos por quem gosta (de política).

Apesar das decepções vividas, é bom lembrar que os maus políticos só prosperam porque o eleitor não presta atenção às suas atividades.

Este país só será próspero e justo no dia em que todo cidadão, além de cumprir o que as leis e códigos lhes impõem, manter-se atendo ao que fazem os políticos e, com isso, exercer o direito de cobrança aos malfeitos, mesmo que isso seja possível no dia das eleições.

Por isso é que consideramos que o voto não é obrigação e nem direito, mas real interesse de todo cidadão, de sua família e da comunidade…

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

Fonte: Dirceu Cardoso Gonçalves



O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A poderosa natureza

O dinheiro é um vírus que corrompe tudo e quando a pessoa se “infecta”, dificilmente se livra.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


A maior eleição do mundo e o nacionalismo hindu

O ano de 2024 está sendo considerado o superano das eleições pelo mundo. Ao todo, mais de 50 países terão pleitos variados, dentre os quais o Brasil e os Estados Unidos.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray