Número de brasileiros endividados aumenta e bate novo recorde em julho
Número de brasileiros endividados aumenta e bate novo recorde em julho
Endividamento entre famílias de menor renda também atinge o maior nível histórico, acompanhado por alta da inadimplência.
De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número de brasileiros com dívidas em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal e prestação de carro e de casa cresceu novamente em julho (0,3 ponto percentual, com relação a junho), renovando o maior patamar da série – iniciada em janeiro de 2010. No comparativo anual, o índice apresentou aumento de 3,3 pontos percentuais.
Assim como no último mês, a proporção de famílias endividadas apresentou tendências distintas entre as faixas de renda pesquisadas. Para as com renda até 10 salários mínimos, o percentual alcançou o recorde histórico de 69% – contra 68,2% em junho.
O número de famílias com dívidas ou contas em atraso aumentou de 25,4% em junho para 26,3% em julho, atingindo a maior proporção desde setembro de 2017. Na comparação com julho de 2019, houve crescimento de 2,4 pontos percentuais. Neste item, também foi observado comportamento distinto entre as faixas de renda: a parcela de brasileiros inadimplentes que recebem até 10 salários mínimos por mês cresceu de 28,6% em junho para 29,7% em julho, enquanto no grupo com renda superior a 10 salários o percentual registrou leve retração mensal (de 11,3% em junho para 11,2% em julho).
Também houve crescimento do percentual de brasileiros que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, vão permanecer inadimplentes (de 11,6% em junho para 12% em julho – a maior proporção desde novembro de 2012).
Com relação aos tipos de dívida, o cartão de crédito segue como o mais apontado pelas famílias como a principal modalidade de endividamento (76,2%), seguido por carnês (17,6%) e financiamento de veículos (11,3%).
Fonte: CNC