O super-herói National Kid chegou ao Brasil quando a TV por aqui tinha apenas 14 anos no ar. Anterior a “Perdidos no Espaço” e “Jornada nas Estrelas”, a série marcou uma geração e abriu caminho para outras séries e desenhos animados japoneses. O que muitos não sabem é que existe um grandioso universo hi-tech em torno da série, desde a configuração do personagem ligado ao nome da antiga multinacional japonesa National, até sua preocupação em popularizar a cultura científica e tecnológica da época.

Doutor em Geografia da Inovação, com uma especialização anterior sobre a indústria audiovisual brasileira, o analista em Ciência e Tecnologia do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Marcus Anversa, usou toda a experiência de sua formação para ir fundo nessa investigação, que culmina com a publicação do livro National Kid: O Marcante Herói de uma Geração, que será lançado neste sábado (27/8), às 14h, no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, localizado no Campo de São Bento, em Niterói.

Desde um amplo levantamento das locações das filmagens, inclusive com mapas e imagens comparativas de como eram e como estão atualmente – detalhes que pouquíssimas pessoas conhecem, mesmo no Japão – até o impacto daquele universo na cultura brasileira, esse primeiro livro-reportagem sobre o tema é um presente para toda uma geração de aficcionados pela série. O próprio autor se inclui nesse grupo, tendo descoberto o seriado quando em um dia de 1965 seu pai ligou a TV para assistir a um programa de esportes e deparou com a imagem do herói que vinha de Andrômedra e voava de braços abertos. De repente, crianças saíam pelas calçadas e gritavam “Nacional Kid!”, relata Anversa.

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