Cães viram solução para universo infantil cada vez mais conectado às telas
Cães viram solução para universo infantil cada vez mais conectado às telas
O mundo colorido das crianças, repleto de brincadeiras, imaginação e criatividade, gradativamente parece ir se desbotando.
As telas invadiram o tempo dedicado à diversão, e passaram a consumi-las com conteúdos prontos, já formatados, que dispensam o exercício de pensar e, principalmente, de correr, pular e dar cambalhotas.
Mas aquela máxima de que “a natureza sempre dá um jeito” vem fazendo frente à falta de estímulos físicos e mentais provocada pelo excesso de celulares e tablets. Um estudo desenvolvido pela Universidade da Austrália Ocidental e que acaba de ser publicado na revista científica International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity traz resultados que chamam a atenção.
Crianças que convivem com um cão de estimação são mais fisicamente ativas em relação àquelas que não desfrutam do mesmo privilégio. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores acompanharam as atividades físicas de 600 crianças com idades entre 2 e 7 anos no período entre 2015 e 2021. Deste grupo, 307 não tiveram cães em casa ao longo desses anos; outras 204 tiveram cães durante todo o tempo da pesquisa; 58 passaram a ter um cão e 31 tiveram um cachorro que morreu durante o período pesquisado.
Para identificar a realização das atividades físicas, o estudo levantou informações com os pais e usou acelerômetros colocados na região do quadril para medir os movimentos. O resultado: meninas que tinham cães realizaram em média oito atividades físicas a mais por semana, em comparação com aquelas que não tinham o animal doméstico. Já os meninos fizeram sete atividades físicas a mais. As crianças que não tinham um cachorro, mas ao longo do tempo adquiriram um, também tiveram um aumento parecido a partir do momento em que passaram a conviver com o pet.
Não é só isso. Existem pesquisas recentes, produzidas até com certa vastidão no Brasil, que indicam uma melhora também da saúde mental de quem convive diariamente com os cachorros. Os estudos sugerem que os tutores e, claro, as crianças que passam parte do seu dia ao lado dos animais se sentem mais realizadas, felizes e saudáveis em comparação com aquelas que não possuem o mesmo vínculo no cotidiano.
Ter um cão de companheiro é, portanto, do ponto de vista da saúde, bastante recomendável. Mas nunca é demais lembrar que essa relação deve ser recíproca. O tutor deve dedicar-se também a cuidados básicos, como levar periodicamente ao veterinário, manter as vacinas em dia, oferecer dieta e condições climáticas adequadas e reunir disposição para levá-lo para um passeio. Melhor que a felicidade e a saúde física dos humanos é garantir que essa realização chegue também ao animal.
* Simone Cordeiro é diretora-comercial da Au!Happy.
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Fonte: Naves Coelho Comunicação