A chegada de um novo ano é o momento de alinhamento para as empresas. É hora de analisar as estratégias que deram certo, por meio de um balanço do trabalho realizado, e de criar metas. Mas o processo de reorganização não requer apenas um olhar para o ambiente interno. Líderes e gestores também devem estar engajados com as tendências do mercado, a fim de assegurar a competitividade dos negócios.

Diferentes estudos apontam que o planejamento empresarial para 2023 deve priorizar os investimentos em tecnologia, Environmental, Social and Governance (ESG) e logística. Independente do setor de atuação, os três pilares serão as bases para quem busca o crescimento e o desenvolvimento sustentável.

Algumas soluções podem contribuir para a realização do planejamento empresarial. O organograma online ajuda a dar clareza às informações e ao processo de onboarding, permitindo aos colaboradores visualizarem a estrutura de funcionamento da empresa. 

A análise SWOT é outra ferramenta para auxiliar os gestores a identificarem forças, fraquezas, oportunidades e ameaças ao negócio, oferecendo uma visão sistêmica para construção de estratégias mais coerentes. Já o modelo “Cinco forças de Porter” também é indicado para empresas que querem avaliar a concorrência e o posicionamento no mercado.

Investimento em tecnologia

Pesquisa global realizada pela Morning Consult, a pedido do International Business Machines (IBM), revelou que a tecnologia é um dos principais focos das empresas para este ano em todo o mundo. No Brasil, 78% das lideranças empresariais informaram que pretendem investir na área. O percentual é maior do que o verificado em outros países, como Estados Unidos (77%), Japão (76%) e Reino Unido (75%).

O estudo ouviu 4 mil líderes empresariais globais ao redor do mundo e identificou, ainda, que o planejamento de investimentos para a área de tecnologia busca consolidar uma infraestrutura resiliente. Para isso, 32% dos entrevistados pretendem investir em computação em nuvem e 25% em hardware. Com relação aos serviços, o uso de  Inteligência Artificial lidera a preferência com 32%, seguido do processo de automação (24%) e chatbots (20%).

O maior interesse dos brasileiros em tecnologia é justificado pelo fato de o processo de digitalização de produtos e serviços estar em curso por aqui, enquanto em outros países, o uso de recursos tecnológicos está mais avançado.

Outra pesquisa, realizada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em parceria com o LinkedIn, mostrou o crescimento de 60% do setor de tecnologia da informação nos países da América Latina durante o período da pandemia da Covid-19. Diante da necessidade de isolamento social para conter a disseminação da doença, a oferta de produtos e serviços passou por um processo intenso de digitalização nos países latino-americanos. 

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), o Brasil ocupa o décimo lugar no ranking de países com maior mercado de tecnologia. Desta forma, as perspectivas das empresas trazem otimismo para o setor que vive um processo de expansão, mas ainda encontra espaço para crescer.

Investimentos em ESG e logística

A pesquisa feita pela Morning Consult trouxe, ainda, a informação de que 60% das empresas em todo o mundo pretendem investir em ESG, termo que pode ser compreendido como boas práticas com foco em responsabilidade corporativa, ambiental e social.

Desta forma, as companhias também irão priorizar ações de governança para uma relação mais transparente e igualitária no ambiente corporativo em 2023. Os impactos das ações empresariais no meio ambiente e na sociedade também ganharão destaque nos próximos 12 meses. Segundo o estudo, o comportamento é uma reação às cobranças realizadas por movimentos sociais ao redor do mundo. 

Outra tendência entre as empresas é o aperfeiçoamento da logística como forma de facilitar a entrega e a experiência dos consumidores com os produtos e serviços das marcas. Na verdade, a expectativa é que parte dos investimentos em tecnologia seja direcionado para a melhoria dos processos e resultados desta área.

O uso de soluções inteligentes para a gestão de dados deve conferir maior agilidade e precisão à cadeia logística. A automatização de processos é vista como o caminho para a redução de falhas operacionais e a economia de custos. 

No período entre 2020 e 2022, o setor de logística nacional cresceu 30%, o que colocou o Brasil no topo do ranking dos países latino-americanos com maior desenvolvimento da área, conforme pesquisa realizada pela Insights e a Consultoria Kantar. A perspectiva para 2023 é de continuidade do processo de expansão alinhado aos investimentos em tecnologia e sustentabilidade.