Grupo WhatsApp

O futuro do agronegócio brasileiro com Trump

O futuro do agronegócio brasileiro com Trump

16/11/2016 Valéria Vilela

Os EUA são muito mais concorrentes do que clientes.

O futuro do agronegócio brasileiro com Trump

A vocação para o agronegócio do Brasil mostra que o país sob o comando de Donald Trump é o maior concorrente dos produtores rurais. É importante olhar dados sobre o Intercâmbio Comercial do Agronegócio (do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, (dados de 2013), apenas 5% de nossas exportações agrícolas vão para os EUA.

A China participa com 24%, a União Europeia com 21% e diversos países com os demais 50%. Em 2013, o Brasil exportou US$ 86,6 bilhões e importou US$ 12,5 bilhões. Resultou um saldo positivo de US$ 74,1 bilhões. A participação americana no saldo foi de 3,5% e da China de 26,5%.

Do total de importações (US$ 12,5 bilhões), os itens mais significativos foram: trigo (EUA, Argentina, Canadá); bebidas alcoólicas (África do Sul, Chile, Japão, União Europeia); pescados congelados (Chile, Marrocos, Tailândia, Taiwan, Vietnã); óleo de palma e dendê (Colômbia, Indonésia, Malásia). Assim, no Brasil temos 90% do que vêm da Rússia são Waffles; 50% do Egito, algodão especial para roupas de cama; 60% da Índia, de óleos essenciais, algo que pode parecer estranho.

Contra o crescimento da produção e da produtividade da próxima safra, 2016, conforme previsto por Conab e IBGE, e como se justifica a queda de 22% (defensivos) e 7% (fertilizantes químicos) em consumos e vendas? Antes, os produtores brasileiros estavam usando e gastando mais do que o necessário?

Sustentabilidade é a palavra do agro, conscientização dos agricultores em reduzir custosas aplicações associando-as a produtos mais baratos, de extrações orgânicas e naturais. Mas a era Trump, vê essa estratégia como uma ameaça a seus mercados.

O Brasil deve colher 210 milhões de toneladas de grãos, 1,3% a mais do que em 2015. Mesmo com toda a crise, a área plantada crescerá 1% e o valor bruto da produção está estimado em R$ 515,2 bilhões. Uma das principais revistas do agronegócio brasileiro teve como manchete “A corrida do milho: demanda explode e faz preço disparar”.

Há 20 dias as cotações do mercado futuro, em Nova York e Chicago, para café, soja e milho, não param de subir. A vitória de Donald Trump está gerando preocupação no mercado global, especialmente em relação à falta de previsibilidade que investidores enxergam no perfil do republicano.

O dólar à vista abriu com alta superior a 2% e saiu dos R$ 3,17 para R$3,24 na máxima da manhã . O ambiente de mais nervosismo pode afetar as commodities agrícolas negociadas no mercado futuro internacional, o mercado de câmbio e num futuro próximo há quem veja efeitos na dinâmica do comércio global. Em consultas com economistas, analistas de mercado e especialistas os temas são os efeitos no mercado de câmbio com tendência de alta para o dólar frente ao real.

Como será o mercado de câmbio com análises mais extremistas apontando que a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, pode abandonar o cargo em razão de diferenças com Trump. Além de mais aversão ao risco e demanda por dólares que são considerados ativos mais seguros.

As commodities agrícolas que são consideradas ativos mais arriscados e podem sofrer fuga de capitais, ou seja perder investimentos. Tendo a dinâmica de comércio mundial com expectativa de que Trump seja mais protecionista, o que poderia afetar as negociações internacionais em mercados como a pecuária brasileira que depois de anos voltou a exportar carne in natura para os EUA.

Na cafeicultura o Brasil é um dos principais exportadores do produto para a maior economia do mundo, como serão os efeitos, retração nas compras de alta qualidade ficando a preferência para os cafés de países que oferecem preços inferiores em qualidade e preço? O republicano Donald Trump venceu graças a votação maciça que obteve nos estados do cinturão agrícola americano que já recebem incentivos e subsídios.

É preciso ser cauteloso no primeiro momento e audacioso no longo prazo, ir em busca de mercados ainda não explorados e que talvez até desconheçam os produtos agrícolas brasileiros.

* Valéria Vilela é jornalista especializada no agronegócio com ênfase no mercado de café.



Como o Brasil se tornou uma potência agrícola mundial?

Sem a adubação correta, o salto de produtividade seria impensável.

Autor: Valter Casarin

Como o Brasil se tornou uma potência agrícola mundial?

A revanche silenciosa: o campo volta para quem nunca saiu dele

Se quem chegou com ‘dinheiro’ não sabia o solo que estava pisando, quem conhece o campo está voltando para dentro da porteira.

Autor: Luciana Martins


Agricultura regenerativa é um passo além da sustentabilidade

É fato que o Brasil, potência mundial na produção de alimentos, tem uma responsabilidade gigante.

Autor: Elizeu dos Santos

Agricultura regenerativa é um passo além da sustentabilidade

O agronegócio sob fogo cruzado

O atual governo é muito bom em eleger inimigos e fazer demagogia, jogando o povo contra determinados alvos, como, por exemplo, pobres contra ricos e empregados contra patrões.

Autor: Eduardo Berbigier

O agronegócio sob fogo cruzado

Agronegócio tem incertezas após reforma

Nova tributação reconheceu ato cooperativo, mas falta de clareza sobre créditos e neutralidade preocupa e pode distorcer preços.

Autor: Divulgação


O Estado arrecada, o agro sustenta e o déficit cresce

O governo arrecada como se fosse potência, mas entrega serviços como república em desenvolvimento.

Autor: Eduardo Berbigier

O Estado arrecada, o agro sustenta e o déficit cresce

Epamig moderniza gestão de campos experimentais de café

Sistema implementado auxilia, principalmente, na tomada de decisões e repasse de informações aos produtores.

Autor: Divulgação

Epamig moderniza gestão de campos experimentais de café

Produtor rural terá acesso a mentoria gratuita ao contratar crédito do BDMG

Como incentivo às práticas regenerativas, banco mineiro vai oferecer suporte profissional para quem captar as linhas Bioinsumos e Solo Mais até 30/11.

Autor: Divulgação

Produtor rural terá acesso a mentoria gratuita ao contratar crédito do BDMG

Exportações do agro mineiro mantêm crescimento e alcançam US$12,8 bilhões

Valor é recorde para o período de janeiro a agosto; mais de 590 diferentes produtos agropecuários mineiros foram enviados para 174 países.

Autor: Divulgação

Exportações do agro mineiro mantêm crescimento e alcançam US$12,8 bilhões

O futuro da mecanização agrícola: planejamento, inovação e financiamento

Não podemos esquecer também da sustentabilidade, que se tornou exigência do mercado global.

Autor: Pedro Estevão Bastos

O futuro da mecanização agrícola: planejamento, inovação e financiamento

Agronegócio brasileiro já produz o previsto para 2029

O Brasil colhe agora, em 2025, a safra de grãos que previa obter só em 2029.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

Agronegócio brasileiro já produz o previsto para 2029

Quem são os verdadeiros vendedores de saúde?

Qual é a visão que a sociedade tem dos vendedores de adubos?

Autor: Valter Casarin

Quem são os verdadeiros vendedores de saúde?