Um presente dos duendes
Um presente dos duendes
Suponho que seja inevitável sentir nostalgia no final do ano.
O fim de cada ciclo nos traz de volta ao início: nos faz relembrar os passos anteriores, tudo o que passamos para chegar onde estamos. Às vezes, ou melhor, na maioria das vezes, nos encontramos em um lugar que nunca imaginamos que estaríamos. Por mais que planejemos e nos preparemos para as adversidades que virão, sempre haverá pedras no meio do caminho. Essas pedras podem ser obstáculos reais, podem nos prejudicar, podem nos fazer querer desistir ou mudar de caminho, ou elas podem ser diamantes, belas descobertas que não esperávamos encontrar; de qualquer forma, elas sempre nos moldam em uma versão diferente de nós mesmos.
Durante essa época do ano, as pessoas começam a planejar sua próxima aventura. Criamos resoluções que sabemos que provavelmente não seguiremos. Desenvolvemos novos sonhos, novas metas, novos ideais de onde devemos chegar.
Hoje, porém, convido você a fazer o contrário. Tire um dia de folga das metas e das resoluções. Esqueça o que você deveria estar fazendo e deixe a vida decidir por você. Vá a um novo restaurante e peça algo que nunca pediria antes. Vá para a esquerda onde normalmente vira à direita. Ligue para alguém com quem você não fala há algum tempo. Jogue uma moeda, feche os olhos e aponte para o mapa ao acaso, faça algo sem planejar.
Porque o que aprendi este ano é que a vida acontece quando você está ocupada fazendo planos (parafraseando John Lennon).
Isso não significa que você sempre deve seguir o fluxo e não pode forjar seu próprio caminho. Não, o que isso significa é que, na sociedade de hoje, muitas vezes nos concentramos tanto em realizar e nos tornar o que esperam de nós que nos esquecemos de ser quem realmente somos. Não abrimos espaço para mudanças – mudança de quem somos, das nossas opiniões, dos nossos sonhos.
Não acredita em mim? Olhe para trás. Tenho certeza que você encontrará um momento em que uma adversidade, ou algo que não estava em sua agenda apertada, acabou sendo uma coisa boa.
Por exemplo, nas últimas três semanas tenho tentado agendar uma ida a um Mercado de Natal com meus amigos. Na primeira vez, choveu, na segunda vez, duas pessoas cancelaram no último minuto, finalmente, ontem, nevou. E fomos ao mercado, que parecia a perfeita aldeia de duendes com a neve branca em cima das casinhas e da árvore de Natal.
Agora, se eu fiquei frustrada nas duas primeiras vezes em que meu plano falhou? Sim! Mas o universo (ou os duendes) tinham algo melhor para mim: eles me deram o dia perfeito para curtir uma noite com meus amigos.
Dito isso, desejo a você um ótimo final de ano com aqueles que você ama (especialmente você mesma!).
Mais depois... Enquanto isso, você pode ler meu blog aqui.