O futuro da Amazônia está cada vez mais atrelado ao papel do setor privado. Empresas de mineração, energia e agronegócio estão assumindo um papel central na construção de um modelo que alie crescimento econômico, responsabilidade social e preservação ambiental. Esse novo foco não é apenas uma exigência de mercado, mas também uma oportunidade de negócio, já que as cadeias de produção sustentável podem gerar um retorno de até US$ 300 bilhões até 2050.

Pedro Portugal, diretor técnico da Keystone Mineração, destaca que o desenvolvimento sustentável não é apenas um diferencial competitivo, é uma exigência global. "O mercado internacional está cada vez mais atento à origem dos produtos e à postura socioambiental das marcas. Quem ignora isso, perde relevância e principalmente credibilidade", afirma. Esse novo olhar tem impulsionado investimentos em inovação e tecnologia para reduzir impactos ambientais, aumentar a eficiência energética e promover o uso racional dos recursos.

Além da preservação, as empresas têm adotado programas voltados para as comunidades locais, com foco em capacitação, geração de renda e empreendedorismo. Segundo Portugal, o sucesso de projetos na região está ligado à capacidade de dialogar com as comunidades e de construir soluções em conjunto. "Respeitar o modo de vida local e investir em educação e infraestrutura é tão importante quanto cumprir os padrões ambientais", ressalta. Essa abordagem não apenas melhora a qualidade de vida, mas também fortalece a posição das empresas brasileiras no mercado global. O diretor conclui que conciliar desenvolvimento e conservação na Amazônia é possível, mas requer coragem, transparência e uma visão de longo prazo do setor privado.

Foto: Divulgação/Freepik

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