Diabetes Mellitus: informação é o primeiro passo para o cuidado
Diabetes Mellitus: informação é o primeiro passo para o cuidado
Os nomes das doenças nem sempre são meras classificações médicas e, muitas vezes, guardam histórias sobre como foram reconhecidas ao longo do tempo.

É o caso do Diabetes Mellitus, cuja origem remonta à antiguidade. “Diabetes” vem do grego diabētēs, que significa “passar através”, uma alusão ao aumento do volume urinário, enquanto “mellitus”, do latim, significa “doce como mel”, pois já se observava que a urina das pessoas com a doença tinha sabor adocicado. Desde então, o nome carrega um alerta importante: trata-se de uma condição metabólica complexa, e não de um simples “excesso de açúcar no sangue”.
No entanto, mesmo com tanto avanço científico, o diabetes ainda é cercado de mitos e confusões. Costuma-se acreditar que o tipo 1 ocorre apenas em crianças e o tipo 2 apenas em adultos, o que não é verdade. Embora o diabetes tipo 1 seja mais comum em jovens, ele pode surgir em qualquer idade. O tipo 2, por sua vez, tem aparecido cada vez mais cedo, especialmente em pessoas com sobrepeso, sedentarismo e histórico familiar. Outra confusão frequente é imaginar que o diabetes tipo 1 se trata com insulina e o tipo 2 apenas com comprimidos — também incorreto. O tratamento deve ser individualizado, e há muitos casos de diabetes tipo 2 em que a insulina se torna necessária.
Talvez o maior engano, porém, seja pensar que o diabetes “dá sintomas”. A verdade é que, na maioria das vezes, ele evolui silenciosamente. Quando o diagnóstico é feito, muitos já convivem com a doença há anos sem saber. Ter boa cicatrização, não sentir sede ou não perder peso não significa estar livre do problema. Por isso, confiar em percepções subjetivas como “minha glicose deve estar boa porque me sinto bem” pode atrasar o diagnóstico e o início do tratamento. A única forma segura de detectar o diabetes é por meio de exames de sangue.
Pessoas com histórico familiar, hipertensão arterial, colesterol elevado, obesidade ou sedentarismo devem ter atenção redobrada. Esses fatores aumentam consideravelmente o risco de desenvolver o diabetes tipo 2, e exames preventivos devem ser realizados com regularidade.
Outro ponto essencial é combater a desinformação. Nas redes sociais, circulam promessas de “curas naturais”, “chás milagrosos” e “dietas que eliminam o diabetes”, todas sem qualquer base científica. Nenhum chá, planta ou suplemento tem poder de reduzir a glicose de forma segura e duradoura. Também é incorreto acreditar que basta “cortar o açúcar” para controlar o diabetes. Alimentos ricos em carboidratos como trigo, mandioca, milho, batata, inhame, mel e até frutas influenciam a glicemia e devem ser consumidos com moderação, não com exclusão total. Já os sucos de frutas, muitas vezes vistos como saudáveis, são pouco recomendados, pois concentram altas quantidades de açúcar natural.
O caminho para o equilíbrio está na alimentação consciente e diversificada, com ênfase em saladas, grãos integrais e alimentos naturais, evitando ultraprocessados. Associar esses hábitos à atividade física regular, ao cuidado com a saúde mental, ao uso correto dos medicamentos e ao acompanhamento médico periódico é o que realmente garante controle e qualidade de vida.
Ter diabetes não significa viver em restrição. Significa viver com atenção — e isso vale para todos nós, com ou sem diagnóstico. O tratamento existe, a ciência evolui constantemente e, com informação correta, é possível prevenir complicações e seguir com energia, planos e autonomia. O primeiro passo é sempre o mesmo: buscar conhecimento confiável e agir de forma preventiva, com responsabilidade e cuidado com a própria saúde.
Foto: Divulgação/Freepik
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Fonte: Naves Coelho Comunicação












