A hidradenite supurativa é uma doença inflamatória crônica da pele que pode se manifestar a partir da puberdade. As áreas mais afetadas incluem axilas, virilhas, nádegas e mamas. A doença provoca nódulos inflamados, com pus, abscessos e fístulas, que são lesões dolorosas e reincidentes. "Isso afeta diretamente a mobilidade e o bem-estar do paciente", explica o Dr. Eduardo H.K. Oliveira, dermatologista.

Estima-se que cerca de 870 mil pessoas no Brasil sejam afetadas, segundo dados do Ministério da Saúde. A doença tem tendência genética e, embora não possa ser completamente prevenida, é agravada por fatores de risco como tabagismo, obesidade e resistência insulínica. Por ser frequentemente confundida com infecções simples, como furúnculos, a hidradenite supurativa tem o diagnóstico atrasado, o que piora o quadro.

"É uma condição benigna, mas impõe um enorme prejuízo à qualidade de vida. Afeta a autoestima, o convívio social e a funcionalidade em atividades cotidianas", afirma o médico.

Recentemente, o tratamento avançou. Além de antibióticos, agora estão disponíveis imunobiológicos injetáveis, tanto pelo SUS quanto pela ANS, para pacientes que não respondem aos tratamentos tradicionais. Para os casos mais graves, a cirurgia de remoção das áreas afetadas é recomendada.

O Dr. Eduardo destaca a importância do diagnóstico precoce. "A maioria dos pacientes só descobre que tem a doença quando ela já está muito avançada. É fundamental que os profissionais de saúde saibam reconhecer os sinais desde o início", pontua. Ele conclui que campanhas de conscientização são cruciais para que o diagnóstico e o tratamento adequados façam a diferença na vida dos pacientes.

Foto: Divulgação/Freepik

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