A Long-Term Bio, uma startup de base científica (deep tech) criada por professores e pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), conquistou o primeiro lugar no DemoDay da maratona de soluções inovadoras BioInova. O evento, focado em bioeconomia e realizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e parceiros, ocorreu em Brasília no mês de outubro de 2025.

A startup nasceu de pesquisas desenvolvidas no Instituto de Ciências Agrárias (ICA), campus Montes Claros, e no Instituto de Ciências Biológicas (ICB), em Belo Horizonte. Seu objetivo é comercializar bioinsumos que aumentam o prazo de validade (shelf life) de flores e frutos. A inovação tem grande potencial para reduzir perdas pós-colheita e otimizar a logística de distribuição no Brasil.

O professor Junio Cota Silva e Almeida, um dos fundadores, apresentou a solução. "Para uma deep tech como a nossa, que nasce no ambiente acadêmico, prêmios como o BioInova são um selo de validação fundamental. Ele sinaliza para o mercado que nossa tecnologia é cientificamente sólida e tem um modelo de negócio promissor", explicou Cota. A tecnologia vencedora é resultado de pesquisas de doutorado que já haviam sido premiadas na edição anterior do BioInova.

A Long-Term Bio está atualmente na fase de validação do produto biológico em escala pré-comercial. O próximo passo será a captação de investimento para o escalonamento da produção e a entrada efetiva no mercado. O foco é transformar anos de pesquisa em um produto que beneficie o agronegócio nacional, combatendo o desperdício de alimentos.

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