Cinco motivos para não contratar passeios com elefantes
Cinco motivos para não contratar passeios com elefantes
Somente na Tailândia, entre 2010 e 2020, o número da população de elefantes aumentou 134%.
A cena de uma turista russa sendo agarrada pela tromba de um elefante e arremessada ao chão, em Fort Amer, na Índia, é um lembrete do sofrimento e do estresse imposto a esses animais explorados comercialmente para entretenimento. Infelizmente, grandes empresas de turismo que operam no Brasil ainda vendem ingressos para atrações que lucram com os animais silvestres na Ásia. Um dos exemplos é a venda de passeios nos quais os turistas podem acariciar, alimentar, fotografar, montar e lavar os elefantes.
A Proteção Animal Mundial lista cinco motivos pelos quais o turismo é prejudicial a esses animais.
1.“ Quebra de espírito” é o nome do treinamento terrível ao qual são submetidos para atenderem à indústria do turismo. Esse processo de “quebra de espírito” consiste em agredir o animal até que ele não demonstre mais reação e fique completamente submisso ao treinador, de forma apática.
2. Muitas vezes os filhotes são separados a força de suas mães, ainda no período da maternidade, para que sejam expostos cedo em atividades turísticas, já que quanto mais jovens, maior o apelo com o público. Também são separados cedo para serem treinados com maior facilidade, já que filhotes são indefesos e mais fáceis de condicionar.
3. No cativeiro os elefantes são encontrados com muitas marcas/machucados por conta do manejo “bruto”, como marcas de corrente nas pernas e feridas no dorso por conta de gancho de metais utilizados.
4. Os elefantes são seres sencientes, ou seja, assim como os humanos sentem emoções complexas como medo, dor e empatia.
5. Somente na Tailândia, a maioria dos quase três mil elefantes são criados em cativeiros e utilizados em 246 locais com finalidades turísticas, gerando até US$ 770 milhões anuais. Entre 2010 e 2020, o número da população de elefantes nessas condições aumentou 134%.
Outros animais silvestres
No relatório criados para lucrar: a verdade sobre o comércio global de silvestres, a Proteção Animal Mundial destaca que 5,5 bilhões de animais silvestres são criados sem parâmetros adequados de bem-estar animal em fazendas de aproximadamente 90 países. Tratados como mercadorias, são destinados a diferentes finalidades: virarem animais de estimação, serem transformados em ornamentos, servirem de entretenimento nas indústrias turísticas, virarem alvo para caçadores, terem o couro e a pele retirados para utilização em produtos de moda e até para terem secreções e partes do corpo extraídas para utilização na medicina tradicional de países asiáticos.
“O relatório detalha as diferentes finalidades do comércio de fauna e, em todos eles, vemos casos de desnutrição, diversas doenças, feridas infectadas, lesões pelo corpo e comportamentos induzidos por estresse. A Proteção Animal Mundial destaca como o elevado número de animais vivendo em espaços reduzidos e anti-higiênicos coloca seus cuidadores e o público em risco de contrair doenças zoonóticas, potencialmente em proporções pandêmicas. Essas fazendas de criação de animais silvestres colocam a vida dessas espécies em risco e são um perigo para a saúde dos seres humanos.”, explica Júlia Trevisan – Coordenadora de Campanhas de Vida Silvestre.
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Fonte: World Animal Protection