Etanol: potencial de expansão no Brasil e seus desafios
Etanol: potencial de expansão no Brasil e seus desafios
Apesar do Brasil ter a maior frota flex do mundo, o consumo de etanol se concentra em apenas seis estados, o que representa um desafio logístico e uma oportunidade de expansão para o setor.

A frota de veículos flex no Brasil é a maior do mundo, mas o consumo de etanol hidratado ainda é fortemente concentrado geograficamente. Atualmente, 80% do volume comercializado no país se restringe a seis estados, que juntos somam 55% do total de veículos bicombustíveis. Na prática, 45% dos veículos flex que circulam nos outros 21 estados e no Distrito Federal consomem somente 20% do etanol produzido.
Segundo o CEO da SCA Brasil, Martinho Seiiti Ono, esse desequilíbrio na distribuição e venda revela tanto um desafio logístico quanto uma oportunidade de expansão para o setor. Ele participou do painel “Expansão global do etanol”, realizado na quarta-feira (13/08) na FenaBio, em Sertãozinho (SP).
O executivo apontou que o aumento da produção de etanol de milho e a reforma tributária prevista para 2027 podem tornar o acesso ao biocombustível mais amplo em todo o território nacional. Ele reforçou que o crescimento da produção do biocombustível a partir do milho e o aumento do consumo interno são fundamentais para absorver o volume crescente de produção nos próximos anos.
Ono destacou que 78% da frota automotiva é composta por modelos flex, mas apenas 24% abastecem com etanol. Essa diferença, segundo ele, representa uma clara oportunidade de crescimento no consumo. Se a participação do etanol subisse para 30%, o aumento seria de cerca de 5 milhões de litros. O executivo ressaltou que o desempenho do consumo em estados como São Paulo (acima de 42%) e Mato Grosso (acima de 50%) prova que o aumento no uso do hidratado é viável no restante do país, onde a participação não chega a 8% e muitos postos nem sequer têm bombas de etanol.
Além da reforma tributária e da expansão da produção de milho, o CEO da SCA Brasil defendeu uma comunicação mais ampla e assertiva com os consumidores. Ono enfatizou que, apesar das vantagens competitivas trazidas por medidas recentes do governo, como a elevação de 30% na mistura de anidro na gasolina, o público não compreendeu devidamente esses avanços.
Foto: Divulgação/Freepik
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Fonte: MediaLink














