A Fundação Dom Cabral (FDC) anunciou a compensação integral de suas emissões de carbono referentes a 2024, totalizando 1104,36 toneladas de CO². Desde 2022, a FDC monitora e compensa anualmente suas emissões de gases de efeito estufa (GEE), demonstrando transparência e responsabilidade ambiental. O processo de 2024 foi realizado pela Systemica, empresa especializada em soluções ambientais.

André Proença, vice-presidente da FDC, destaca que "a responsabilidade ambiental é um dos compromissos estratégicos da Fundação desde a sua criação". Ele enfatiza a crença de que a sustentabilidade deve ser parte essencial da gestão da instituição, com o compromisso contínuo de mensurar, reduzir e compensar emissões com base em dados e ações efetivas.

A Systemica, parceira no processo, ressalta que a compensação é uma estratégia climática crucial para além da neutralização de emissões inevitáveis. A empresa desenvolve projetos robustos de reflorestamento e conservação florestal com rigor técnico e governança transparente, garantindo que cada crédito de carbono represente uma redução real de CO² e traga benefícios para a biodiversidade e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais.

O inventário de emissões da FDC segue o protocolo internacional GHG Protocol, abrangendo os três escopos de emissão. O escopo 1, de emissões diretas (combustão e mudanças no uso do solo), totalizou 18,42 toneladas de CO² compensadas. O escopo 2, de emissões indiretas por consumo de energia elétrica, somou 87,85 toneladas de CO² compensadas. O escopo 3, que engloba emissões indiretas não controladas diretamente, como viagens a trabalho e gestão de resíduos, foi o maior, com 998,09 toneladas de CO² compensadas. Lauanda Salles, gerente de "facilities" da FDC, explica que a preponderância do escopo 3 reflete as características de uma escola de negócios com atuação nacional e internacional, e que o desafio para os próximos anos é conciliar o crescimento com a redução de emissões.

Para neutralizar sua emissão de carbono, a FDC escolheu o projeto de conservação Florestal Santa Maria, em Colniza (MT), na Amazônia. O projeto visa evitar a emissão de 29.923.331 toneladas de CO² ao longo de 30 anos através da preservação de florestas e parcerias locais, como a formação de brigadas de incêndio e criação de escolas técnicas florestais. Essa compensação contribuiu diretamente para a manutenção do projeto, que protege 71.750 hectares de floresta e fomenta o desenvolvimento local.

Outras ações sustentáveis da FDC incluem a aquisição de energia elétrica 100% limpa e certificada, uso de lâmpadas de baixo consumo, captação e reuso de água da chuva, instalação de equipamentos eficientes, redução do uso de combustível com transporte coletivo institucional, coleta seletiva de resíduos, adoção de copos biodegradáveis e digitalização de processos. Com essas iniciativas, a Fundação Dom Cabral reafirma seu compromisso com a construção de futuros positivos e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Foto: Divulgação/Freepik

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