Grupo WhatsApp

O poder de transformação do saneamento

O poder de transformação do saneamento

19/01/2021 Ricardo Mendes

Tudo indica que entramos na era do acerto de contas com a nossa dívida histórica com o saneamento.

O poder de transformação do saneamento

Os recentes leilões para concessão dos serviços de saneamento em Alagoas e no Espírito Santo demonstram que estamos no caminho certo para a universalização dos serviços de abastecimento de água e cobertura de 90% da rede de esgoto até 2033, conforme metas estabelecidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento. Com a participação de pesos-pesados do setor, as vencedoras apresentaram propostas audaciosas e revelaram o apetite do mercado para um dos segmentos menos desenvolvidos na infraestrutura brasileira até o momento.

Em Maceió (AL), a proposta vencedora apresentou outorga de aproximadamente R$ 2 bilhões ante o valor mínimo da disputa de R$ 15,1 milhões. Na PPP de Cariacica (ES), os investimentos devem alcançar R$ 580 milhões em infraestrutura de saneamento básico ao longo dos 30 anos de contrato. A vencedora tem o compromisso de investir R$ 180 milhões nos primeiros cinco anos do projeto. Esses são apenas dois dos exemplos da movimentação do setor para os próximos anos. Até o fim de 2021, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) prevê mais sete leilões com potencial para injetar até R$ 165 bilhões na economia.

Tudo indica que entramos na era do acerto de contas com a nossa dívida histórica com o saneamento. Ainda vivenciamos um atraso de décadas que deixa mais de 35 milhões de brasileiros sem água potável e outros 100 milhões que vivem em moradias sem ligação a um sistema de coleta de esgoto. A incapacidade governamental de atender tantas e variadas demandas encontra no Novo Marco Legal um instrumento para substituir a letargia de anos pela eficiência, com planejamento e metas.

Além de contribuir substancialmente para a redução das desigualdades no Brasil, o avanço dos empreendimentos em saneamento vai ter peso significativo para a retomada do crescimento econômico. Nos próximos 13 anos, o Plansab (Plano Nacional de Saneamento Básico) prevê investimentos na ordem de R$ 750 bilhões segundo estudo da Abcon (Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto). Do total, a previsão é de R$ 498 bilhões apenas para a ampliação das redes nos municípios brasileiros.

O potencial econômico do avanço do saneamento traz reflexos diretos na construção civil e na indústria de equipamentos, mas as demandas devem alcançar outros setores como os de brita, pedras e aço. O estudo aponta ainda que para cada 1 real investido em saneamento para extensão de redes, aproximadamente 76 centavos movimentarão a construção civil e 6 centavos o setor de máquinas e equipamentos.

Os impactos econômicos causados pela pandemia do novo coronavírus podem ser reduzidos com o avanço das obras em saneamento básico de Norte a Sul do país. O setor pode criar 14 milhões de empregos ao longo dos próximos anos, trazer inovação tecnológica significativa para as companhias brasileiras e torná-las ainda mais competitivas no mercado internacional. No total, o setor de saneamento deve movimentar indiretamente R$ 1,4 trilhão na economia.

Nas regiões metropolitanas, os projetos para a redução de perdas hídricas devem ganhar impulso nos próximos anos, promovendo maior dinamismo econômico. As cidades brasileiras têm 38,45% de média de perdas, o que representa um grande desperdício de água captada, tratada e potável. Estamos deixando o dinheiro escorrer nos vazamentos.

O avanço do saneamento é um dos principais pilares para deixarmos de ser uma sociedade em desenvolvimento e nos tornarmos uma nação que oferece amplas oportunidades e igualdade para os seus cidadãos. Com o Novo Marco Legal, vamos finalmente conseguir tirar do papel os projetos que realmente farão uma grande transformação no Brasil.

* Ricardo Lazzari Mendes, é presidente da Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente), engenheiro pela Escola de Engenharia de São Carlos da USP e doutor em engenharia hidráulica e sanitária pela Escola Politécnica da USP.

Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada



Reciclagem de papel tem pior índice desde 2018

A taxa de 59,7% em 2024 preocupa o setor, que mesmo com alto faturamento, não registrou rentabilidade e precisou investir na reestruturação da coleta.

Autor: Divulgação

Reciclagem de papel tem pior índice desde 2018

Plantas de casa podem agravar alergias respiratórias

A moda de ter plantas dentro de casa esconde um risco: espécies populares como Lírio da Paz e Samambaia podem piorar rinite e sinusite.

Autor: Divulgação

Plantas de casa podem agravar alergias respiratórias

Biodegradável x Reciclável: entenda as diferenças e os impactos dos microplásticos

Quando o apelo sustentável vira estratégia de venda, conhecer a fundo os materiais é essencial para evitar armadilhas ambientais.

Autor: Divulgação

Biodegradável x Reciclável: entenda as diferenças e os impactos dos microplásticos

CNI apoia licença para poço na margem equatorial

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou apoio à liberação do Ibama para a Petrobras explorar o primeiro poço em águas profundas na Margem Equatorial.

Autor: Divulgação

CNI apoia licença para poço na margem equatorial

Descarte correto de medicamentos: saúde e meio ambiente

Guardar medicamentos vencidos traz riscos à saúde e ao meio ambiente; saiba como descartá-los corretamente.

Autor: Divulgação

Descarte correto de medicamentos: saúde e meio ambiente

A água como o vetor da ação climática mundial

A água é o ponto de conexão entre clima, agricultura, energia e cidades. Melhorar sua gestão é a forma mais rápida e escalável de gerar impacto positivo para toda a sociedade.

Autor: Juan Rios

A água como o vetor da ação climática mundial

Crescimento sustentável da Amazônia requer responsabilidade do setor privado

O futuro da Amazônia não depende apenas de políticas públicas ou da ação de organizações ambientais.

Autor: Pedro Portugal

Crescimento sustentável da Amazônia requer responsabilidade do setor privado

A natureza não negocia: adverte e reage

Um chamado à lucidez ecológica: a Terra levou bilhões de anos para se tornar um lar hospitaleiro aos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra

A natureza não negocia: adverte e reage

A solução para as cidades está na natureza

No caminho até a COP30, o Brasil tem a chance de mostrar ao mundo como integrar resiliência urbana, justiça climática e Soluções Baseadas na Natureza.

Autor: Juliana Baladelli Ribeiro

A solução para as cidades está na natureza

Desenvolvimento da Amazônia passa por empresas

Setor privado é fundamental para a preservação e crescimento sustentável da Amazônia, com práticas que geram retorno financeiro e social.

Autor: Divulgação

Desenvolvimento da Amazônia passa por empresas

Brasil abre maior fábrica de mosquitos do mundo

Nova biofábrica em Curitiba utilizará a tecnologia Wolbachia, que impede a replicação dos vírus, para auxiliar no combate à dengue, zika e chikungunya.

Autor: Divulgação

Brasil abre maior fábrica de mosquitos do mundo

Quase 111 toneladas de lixo retiradas de rodovias

A Concessionária Via Nascentes recolhe 110,98 toneladas de lixo em rodovias no primeiro semestre.

Autor: Divulgação

Quase 111 toneladas de lixo retiradas de rodovias