O Rio vivencia uma realidade preocupante sobre a água que consumimos. A Cedae suspendeu a captação na estação de tratamento do Guandu após a identificação da presença de detergente no manancial. O comunicado foi feito poucos dias depois do anúncio de contaminação por geosmina, que fez a população do Rio receber em casa água com cheiro forte e imprópria para o consumo.

De acordo com a empresa, o detergente teria sido levado até a lagoa pelas fortes chuvas que começaram a cair no domingo. A suspensão afeta o abastecimento de casas de mais de 9 milhões de pessoas. Mas, afinal, como uma substância que deveria ser descartada, chega aos rios causando poluição?

Rafael Zarvos, fundador e CEO da Oceano - Gestão de Resíduos explica que alguns itens como produtos de limpeza, produtos de higiene pessoal, cremes, medicamentos e cosméticos, precisam ser descartados de maneira ambientalmente adequada já que o conteúdo destes materiais contêm uma substância química chamada Micropoluente. "Estas substâncias, chamadas de micropoluentes, vem causando degradação ao meio ambiente e colocando em risco a Saúde Pública", comenta.

"Os micropoluentes constituem ameaça emergente à qualidade de nossas águas, reservatórios, mares e oceanos, uma vez que não existe nenhuma tecnologia para a remoção dessas substâncias provenientes do esgoto sanitário. A consequência é a contaminação da água para consumo humano", ressalta Zarvos.

Uma solução para esse problema é o descarte correto dos micropoluentes. E foi para atender essa demanda que Zarvos criou a Oceano. A ideia é que as pessoas possam ter em casa uma coleta inteligente e correta destinação dos resíduos domésticos. "Queremos que as pessoas, cada vez mais, entendam a importância do descarte responsável. Com pequenas atitudes como essa, podemos proteger o meio ambiente e cuidar do nosso futuro", finaliza Rafael.