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Por quê a Ásia se tornou o epicentro de diferentes doenças?

Por quê a Ásia se tornou o epicentro de diferentes doenças?

09/07/2020 Rodrigo Silva

Há um alerta por parte das autoridades de saúde e meio ambiente do mundo inteiro de que a pandemia da COVID-19 não será a última e que, a sociedade deve se preparar para as próximas doenças infecciosas emergentes que estão por aparecer nos próximos anos.

Mas, nesse momento, surge o seguinte questionamento: por que boa parte das doenças pandêmicas dos últimos anos tiveram sua origem na Ásia?

Há muitas especulações quanto a isso, entretanto, os pesquisadores acreditam que esse seja um problema multifatorial.

A região asiática tem algumas peculiaridades que favorecem fortemente o surgimento de novas doenças.

A primeira delas é a explosão populacional e a migração dessa população da zona rural para os grandes centros urbanos e, essa rápida urbanização proporciona uma interação física muito maior entre as pessoas favorecendo o contágio e disseminação de microrganismos como, por exemplo, o Coronavírus.

Ainda, quando a urbanização é feita de maneira não planejada, ocorre a destruição de áreas verdes e, consequentemente, a destruição dos habitats de animais silvestres favorecendo a aproximação desses animais (alguns deles podendo ser hospedeiros de vírus desconhecidos) com os animais domésticos e os seres humanos, o que também pode favorecer a dispersão das doenças zoonóticas – doenças transmitidas por animais aos seres humanos.

Vale ressaltar que regiões tropicais, como é o caso do leste asiático, por terem grande biodiversidade também carregam o ônus de terem (em maior grau) a presença de microrganismos totalmente desconhecidos para o ser humano e, o fato de nunca termos tido contato com eles, implica em não termos imunidade desenvolvida para combatê-los.

Durante a explosão do Coronavírus na cidade de Wuhan, na China, foi levantada outra questão muito importante dentro do contexto das zoonoses: o tráfico e consumo de animais silvestres que, diga-se de passagem, não é privilégio somente dessa região do planeta.

No caso asiático, atrelado ao consumo de iguarias está a questão da medicina tradicional chinesa (MTC) que utiliza partes de diversos animais visando a produção de remédios para a cura de diferentes doenças.

Aqui, não pretendo fazer juízo de valores éticos ou culturais, mas apenas apresentar fatos. Um estudo da Escola de Saúde Pública da Universidade de Hong Kong mostrou que a primeira linha de tratamento de boa parte da população asiática é por meio da MTC que oferece tratamentos mais baratos para inúmeras doenças.

No entanto, quando essas terapias não surtem efeitos para determinadas infecções mais graves e com alto potencial de disseminação, a população procura a medicina ocidental.

Esse precioso tempo dispensado dificulta os tratamentos medicamentosos e favorece a proliferação dos vírus, por exemplo.

Seguindo essa linha de raciocínio, nessa região o comércio de compra e venda de animais domésticos vivos para consumo (suínos, e aves, principalmente) é muito grande contribuindo ainda mais a interação entre humanos-animais e, por consequência, a infecção por diferentes patógenos.

Muitos países asiáticos ainda têm um problema muito importante em relação à higiene de locais públicos e também em relação censura de informações o que certamente dificulta as autoridades de saúde a buscarem formas seguras de interromper o ciclo dessas doenças.

Apesar de tudo isso, vale ressaltar que o fato da rápida dispersão dessas enfermidades está relacionado muito mais aos processos de globalização que favorecem o deslocamento de pessoas, animais e objetos infectados para diferentes partes do mundo em curto espaço de tempo, do que propriamente à alguma região específica do planeta.

Isso implica dizer que a situação apresentada não é privilégio de chineses ou asiáticos, mas do modo de vida em que a população do planeta se encontra.

* Rodrigo Silva é biólogo, doutor em Ciências e coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental do Centro Universitário Internacional Uninter.

Fonte: Página 1 Comunicação



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